25 de novembro de 2009

Festival de Brasília consagra 'É Proibido Fumar'

A 42ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, encerrada ontem, deu oito prêmios ao filme É Proibido Fumar: melhor filme, ator, atriz, atriz coadjuvante, roteiro, direção de arte, música e montagem, além do prêmio da crítica.

A seguir, os premiados na categoria longa-metragem:
1 - Melhor filme (júri): É Proibido Fumar (2009), de Anna Muylaert
2 - Melhor filme (público): Filhos de João, Admirável Mundo Novo Baiano (2009), de Henrique Dantas
3 - Prêmio especial do júri: Filhos de João, Admirável Mundo Novo Baiano
4 - Melhor direção: Evaldo Mocarzel, pelo documentário Quebradeiras (2009)
5 - Melhor ator: Paulo Miklos, por É Proibido Fumar
6 - Melhor atriz: Glória Pires, por É Proibido Fumar
7 - Melhor ator Coadjuvante: Bruno Torres, por O Homem Mau Dorme Bem (2009)
8 - Melhor atriz Coadjuvante: Daniela Nefussi, por É Proibido Fumar
9 - Melhor roteiro: Anna Muylaert, por É Proibido Fumar
10 - Melhor fotografia: Gustavo Hadba, por Quebradeiras
11 - Melhor direção de arte: Ana Mara Abreu, por É Proibido Fumar
12 - Melhor trilha musical: Marcio Nigro, por É Proibido Fumar
13 - Melhor som: Miriam Biderman, Ricardo Reis e Ana Chiarini, por Quebradeiras
14 - Melhor montagem: Paulo Sacramento, por É Proibido Fumar.

20 de novembro de 2009

Era uma vez em 20 de novembro de 2009

HERBERT RICHERS (86 anos, de problemas renais), produtor brasileiro em atividade de 1956 a 1975, que participou da produção de mais de 50 filmes, antes de dedicar-se exclusivamente ao ramo da dublagem de filmes estrangeiros para a TV; começou na chanchada carioca, passou pelo cinema novo e finalizou na pornochanchada; sua filmografia inclui Sai de Baixo (1956), Marido de Mulher Boa (1960), Um Candango na Belacap (1961), O Assalto ao Trem Pagador (1962), Vidas Secas (1963), Fome de Amor (1968), Os Devassos (1971) e Ana, a Libertina (1975).


Dados biográficos: Herbert Richers nasceu em 11 de março de 1923, em Araraquara (SP). Mudou-se para o Rio de Janeiro em 1942. Deixou viúva e três filhos, entre os quais o ator e produtor Herbert Richers Jr.

16 de novembro de 2009

Era uma vez em 15 de novembro de 2009

JOCELYN QUIVRIN (30 anos, de acidente de automóvel), ator francês cuja carreira começava a se consolidar; atuou em mais de 20 longas-metragens, a exemplo de Jantar de Despedida (Au petit Marguery, 1995), Pelo Sim, Pelo Não (Peut-être, 1999), O Império dos Lobos (L'empire des loups, 2005) e Syriana - A Indústria do Petróleo (Syriana, 2005). Ganhou dois prêmios como ator revelação em 2008.


Dados biográficos: Jocelyn Quivrin nasceu em 14 de fevereiro de 1979, em Dijon, França. Deixou viúva a atriz Alice Taglioni, com quem tinha um filho.

Era uma vez em 16 de novembro de 2009

EDWARD WOODWARD (79 anos, de pneumonia), ator britânico de teatro e TV, que atuou eventualmente no cinema, inclusive em Hollywood; dentre suas duas dezenas de filmes destacam-se Becket (Idem, 1964), O Estrangulador de Rillington Place (10 Rillington Place, 1971), Nas Garras do Leão (Young Winston, 1972), O Homem de Palha (The Wicker Man, 1973) e Chumbo Grosso (Hot Fuzz, 2007). Ganhou um Globo de Ouro por seu trabalho na TV.


Dados biográficos: Edward Albert Arthur Woodward nasceu em 1º de junho de 1930, em Croydon, Inglaterra. Em 1978, recebeu a comenda de Oficial da Ordem do Império Britânico, por seu trabalho no teatro. Foi casado com a atriz Venetia Barret, com quem teve três filhos, os atores Tim Woodward e Peter Woodward e a atriz Sarah Woodward. Deixou viúva a atriz Michele Dotrice, com quem teve uma filha, a atriz Emily Woodward.

Clint Eastwood comandante na França

Quando se pensava que os franceses haviam esgotado o estoque de prêmios para glorificar a carreira de Clint Eastwood, o presidente Nicolas Sarkozy surpreende o mundo com uma nova celebração. Na última sexta-feira, 13 de novembro, o ator e cineasta norte-americano recebeu aquela que é talvez a mais importante comenda da França, a Legião da Honra, no grau de comandante. É uma conquista rara para um estrangeiro, mas não há dúvida de que o último tough guy de Hollywood merece.

Ele já havia recebido a Legião da Honra no grau de cavaleiro.
O presidente francês, Nicolas Sarkozy, derramou-se em elogios. Afirmou que o homenageado é "um mito, um gigante, um exemplo da admiração que temos pela cultura americana".
Diante de autoridades e amigos, Eastwood referiu-se a Sarkozy como "meu presidente", e brincou dizendo que pretendia sair às ruas para exibir o prêmio.
A cerimônia aconteceu no Palácio do Eliseu, sede do governo francês.
As informações são do saite G1.

15 de novembro de 2009

Lauren Bacall recebe Oscar honorário

A atriz Lauren Bacall (foto), dona de uma voz e olhar lendários, recebeu no último sábado, 14 de novembro, um Oscar pela carreira, em cerimônia ocorrida em Los Angeles.
Aos 85 anos, Bacall recebeu o prêmio de Angelica Huston, filha do cineasta John Huston, que a dirigiu no clássico Paixões em Fúria (Key Largo, 1948).
Com mais de 40 filmes no currículo, a atriz teve uma única indicação ao Oscar, pelo filme O Espelho Tem Duas Faces (The Mirror Have Two Faces, 1996), de Barbra Streisand.

Na oportunidade, o cineasta Roger Corman, mestre dos filmes de terror baratos, e o fotógrafo Gordon Willis, diretor de fotografia de O Poderoso Chefão (The Godfather, 1972), receberam também Oscars honorários. E o produtor John Calley recebeu o prêmio Irving G. Thalberg.
Na plateia estavam os diretores Steven Spielberg, George Lucas e Quentin Tarantino, e os atores Kirk Douglas, Warren Beatty, Jeff Brigdes, Annette Bening, Morgan Freeman e Tom Hanks.
A entrega desses prêmios costumava acontecer na mesma noite dos Oscars em competição, mas foi antecipada para enxugar a transmissão televisiva da cerimônia anual, que terá lugar no dia 7 de março de 2010.
(Foto: http://www.wesclark.com/)
As informações são do saite G1.

14 de novembro de 2009

Hollywood: Metro-Goldwyn-Mayer à venda

A Metro-Goldwyn-Mayer, estúdio de Hollywood mais conhecido pelos musicais inesquecíveis que realizou nos anos 1940 e 50, acaba de anunciar que está à venda. Em comunicado feito na última sexta-feira, 13 de novembro, informou que "começa um processo de exame de diferentes estratégias possíveis, entre elas a de funcionar como entidade independente, formar associações estratégicas e avaliar uma eventual venda da empresa". O famoso estúdio, cuja marca é um leão rugindo, pertence atualmente a um consórcio liderado pela Sony, empresa japonesa que é proprietária de outro estúdio de Hollywood, a Columbia. A MGM já havia vendido, nos anos 1990, o seu acervo de filmes, adquiridos em parte pela Warner Bros. e em parte pela 20th Century Fox. Endividada, a MGM fez com os credores um acordo que terminará em 31 de janeiro de 2010.

Texto baseado em notícia do saite UOL News.

13 de novembro de 2009

Os 100 melhores filmes da década

O jornal londrino The Times divulgou recentemente em seu saite (TimesOnline) sua relação dos 100 melhores filmes desta década. Em 1º lugar ficou o filme francês Caché. O diretor brasileiro Fernando Meirelles entrou com dois filmes, O Jardineiro Fiel, em 52º lugar, e Cidade de Deus, em 66º. Por uma questão de justiça, no mínimo a ordem de classificação dos dois filmes deveria ter sido invertida. Como acontece sempre, há ausências ilustres como A Espiã (Zwartboek, 2006), de Paul Verhoeven, assim como inclusões que não se compreendem.
Veja a relação completa, a partir do último para o primeiro colocado:

100 – O Diabo Veste Prada (The Devil Wears Prada, EUA, 2006), de David Frankel
99 - Batalha Real (Batoru rowaiaru, Japão, 2000), de Kinji Fukasaku
98 – Crash – No Limite (Crash, EUA/Alemanha, 2004), de Paul Haggis
97 - Lady Vingança (Chinjeolhan geumjassi, Coréia do Sul, 2005), de Park Chan-wook
96 - Morvern Callar (Sem título no Brasil, Reino Unido, 2002), de Lynne Ramsay
95 – Amores Brutos (Amores perros, México, 2000), de Alejandro González Iñárritu
94 – Uma Verdade Inconveniente (An Inconvenient Truth, EUA, 2006), de Davis Guggenheim
93 – O Clã das Adagas Voadoras (Shi mian mai fu, China/Hong Kong, 2004), de Zhang Yimou
92 – Coisas Belas e Sujas (Dirty Pretty Things, Reino Unido, 2002), de Stephen Frears
91 - A Floresta de Lantana (Lantana, Austrália/ Alemanha, 2001), Ray Lawrence
90 – Penetras Bons de Bico (Wedding Crashers, EUA, 2005), de David Dobkin
89 – Escola de Rock (The School of Rock, EUA/Alemanha, 2003), de Richard Linklater
88 – Os Excêntricos Tenenbaums (The Royal Tenenbaums, EUA, 2001), de Wes Anderson
87 – O Tempo e o Vento (Bes vakit, Turquia, 2006), de Reha Erdem
86 – O Orfanato (El orfanato, México/Espanha, 2007), de Juan Antonio Bayona
85 – A Professora de Piano (La pianiste, Alemanha/ Polônia/França/Áustria, 2001), de Michael Haneke
84 – Hotel Ruanda (Hotel Rwanda, Reino Unido/EUA/Itália/África do Sul, 2004), de Terry George
83 – Vento da Liberdade (The Wind that Shakes the Barley, Irlanda/Reino Unido/Alemanha/Itália/ Espanha/França, 2006), de Ken Loach
82 – As Coisas Simples da Vida (Yi yi, Taiwan/ Japão, 2000), de Edward Yang
81 – In The Loop (Sem título no Brasil, Reino Unido, 2009), de Armando Iannucci
80 – Eu, Você e Todos Nós (Me and You and Everyone We Know, EUA/Reino Unido, 2005), de Miranda July
79 - A Grande Viagem (Le grand voyage, França/ Marrocos, 2004), de Ismaël Ferroukhi
78 – As Confissões de Schmidt (About Schmidt, EUA, 2002), de Alexander Payne
77 – Tiros em Columbine (Bowling for Columbine, Canadá/EUA/Alemanha, 2002), de Michael Moore
76 - Control - A História de Ian Curtis (Control, Reino Unido/EUA/Austrália/Japão, 2007), de Anton Corbijn
75 – Fale com Ela (Hable con ella, Espanha, 2002), Pedro Almodóvar
74 – O Labirinto do Fauno (El laberinto del fauno, Espanha/México/EUA, 2006), de Guillermo del Toro
73 – De Tanto Bater, Meu Coração Parou (De battre mon coeur s'est arrêté, 2005), de Jacques Audiard
72 – Guerra ao Terror (The Hurt Locker, EUA, 2008), de Kathryn Bigelow
71 – Monstros S/A (Monsters, Inc., EUA, 2001), de Pete Docter, David Silverman e Lee Unkrich
70 – Entre os Muros da Escola (Entre les murs, França, 2008), de Laurent Cantet

69 – Persépolis (Persepolis, França/EUA, 2007), de Vincent Paronnaud e Marjane Satrapi
68 - Amnésia (Memento, EUA, 2000), de Christopher Nolan
67 – Gomorra (Gomorra, Itália, 2008), de Matteo Garrone
66 – Cidade de Deus (Brasil/França, 2002), de Fernando Meirelles e Kátia Lund
65 – Valsa com Bashir (Vals im Bashir, Israel/ Alemanha/França/EUA/Finlândia/Suíça/Bélgica/ Austrália, 2008), de Ari Folman
64 – A Criança (L'enfant, Bélgica/França, 2005), de Jean-Pierre Dardenne e Luc Dardenne
63 – Sangue Negro (There Will Be Blood, EUA, 2007), de Paul Thomas Anderson
62 – Âncora – A Lenda de Ron Burgundy (Anchorman: The Legend of Ron Burgundy, EUA, 2004), de Adam McKay
61 – A Viagem de Chihiro (Sen to Chihiro no kamikajushi, Japão, 2001), de Hayao Miyazaki
60 – A Lula e a Baleia (The Squid and the Whale, EUA, 2005), de Noah Baumbach

59 – Ser e Ter (Être et avoir, França, 2002), de Nicolas Philibert
58 – Todo Mundo Quase Morto (Shaun of the Dead, Reino Unido/França, 2004), de Edgar Wright
57 – Le conseguenze dell'amore (Sem título no Brasil, Itália, 2004), de Paolo Sorrentino
56 – Volver (Volver, Espanha, 2006), de Pedro Almodóvar
55 – Chopper - Memórias de um Criminoso (Chopper, Austrália, 2000), de Andrew Dominik
54 – Papai Noel às Avessas (Bad Santa, EUA/Alemanha, 2003), de Terry Zwigoff
53 – Milk (Milk, EUA, 2008), de Gus Van Sant
52 – O Jardineiro Fiel (The Constant Gardener, Reino Unido/Alemanha, 2005), de Fernando Meirelles
51 – O Quarto do Filho (La stanza del figlio, Itália/França, 2001), de Nanni Moretti

50 – O Senhor dos Anéis – O Retorno do Rei (The Lord of The Rings: The Return of the King, EUA/Nova Zelândia/Alemanha, 2003), de Peter Jackson
49 – Ligeiramente Grávidos (Knocked Up, EUA, 2007), de Judd Apatow
48 – Pequena Miss Sunshine (Little Miss Sunshine, EUA, 2006), de Jonathan Dayton e Valerie Faris
47 – Meu Amor de Verão (My Summer of Love, Reino Unido, 2004), de Pawel Pawlikowski
46 – Traffic (Traffic, Alemanha/EUA, 2000), de Steven Soderbergh
45 – Touching the Void (Sem título no Brasil, Reino Unido, 2003), de Kevin Macdonald
44 – Sob a Areia (Sous le sable, França, 2000), de François Ozon
43 – Batman – O Cavaleiro das Trevas (The Dark Knight, EUA/Reino Unido, 2008), de Christopher Nolan
42 – Os Incríveis (The Incredibles, EUA, 2004), de Brad Bird
41 – Filhos da Esperança (Children of Men, Japão/ Reino Unido/EUA, 2006), de Alfonso Cuarón
40 – Syriana - A Indústria do Petróleo (Syriana, EUA, 2005), de Stephen Gaghan
39 – Encontros e Desencontros (Lost in Translation, EUA/Japão, 2003), de Sofia Coppola
38 – Cidade dos Sonhos (Mulholland Drive, França/EUA, 2001), de David Lynch
37 – Amor à Flor da Pele (Fa yeung nin wa, Hong Kong/França, 2000), de Wong Kar-wai
36 – Na Captura dos Friedmans (Capturing the Friedmans, EUA, 2003), de Andrew Jarecki
35 – E Sua Mãe Também (Y tu mamá también, México, 2001), de Alfonso Cuarón
34 – Procurando Nemo (Finding Nemo, EUA, 2003), de Andrew Stanton e Lee Unkrich
33 – Um Casamento à Indiana (Monsoon Wedding, Índia/EUA/França/Itália/Alemanha, 2001), de Mira Nair
32 – Gladiador (Gladiator, Reino Unido/EUA, 2000), de Ridley Scott
31 – Iraq in Fragments (Sem título no Brasil, EUA, 2006), de James Longley
30 – Irreversível (Irréversible, França, 2002), de Gaspar Noé
29 – Quero Ser John Malkovich (Being John Malkovich, EUA, 1999), de Spike Jonze
28 – O Escafandro e a Borboleta (Le scaphandre et le papillon, França/EUA, 2007), de Julian Schnabel
27 – Sideways – Entre Umas e Outras (Sideways, EUA, 2004), de Alexander Payne
26 – Minority Report – A Nova Lei (Minority Report, EUA, 2002), de Steven Spielberg
25 – Dançando no Escuro (Dancer in the Dark, Dinamarca/Alemanha/Holanda/Itália/EUA/Reino Unido/França/Suécia/Finlândia/Islândia/Noruega, 2000), de Lars von Trier
24 – Extermínio (28 Days Later..., Reino Unido, 2002), de Danny Boyle
23 – O Equilibrista (Man on Wire, Reino Unido/ EUA, 2008), de James Marsh
22 – Longe do Paraíso (Far from Heaven, EUA/ França, 2002), de Todd Haynes
21 – Boa Noite e Boa Sorte (Good Night, and Good Luck, EUA/Reino Unido/França/Japão, 2005), de George Clooney
20 – Donnie Darko (Idem, EUA, 2001), de Richard Kelly
19 – Voo United 93 (United 93, França/Reino Unido/EUA, 2006), de Paul Greengrass
18 – Deixa Ela Entrar (Lat den rätte komma in, Suécia, 2008), de Tomas Alfredson

17 – O Segredo de Brokeback Mountain (Brokeback Mountain, Canadá/EUA, 2005), de Ang Lee
16 – Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças (Eternal Sunshine of the Spotless Mind, EUA, 2004), de Michel Gondry
15 – A Queda (Der Untergang, Alemanha/Itália/ Áustria, 2004), de Oliver Hirschbiegel
14 – 4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias (4 luni, 3 saptamâni si 2 zile, Romênia, 2007), de Cristian Mungiu
13 – This Is England (Sem título no Brasil, Reino Unido, 2006), de Shane Meadows
12 – A Vida dos Outros (Das Leben der Anderen, Alemanha, 2006), de Florian Henckel von Donnersmarck
11 – Borat (Borat: Cultural Learnings of America for Make Benefit Glorious Nation of Kazakhstan, EUA, 2006), de Larry Charles
10 – Hunger (Sem título no Brasil, Reino Unido/ Irlanda, 2008), de Steve McQueen
9 – A Rainha (The Queen, Reino Unido/França/Itália, 2006), de Stephen Frears
8 – Cassino Royale (Casino Royale, EUA/Reino Unido/Alemanha/República Tcheca, 2006), de Martin Campbell
7 – O Último Rei da Escócia (The Last King of Scotland, Reino Unido, 2006), de Kevin Macdonald
6 – Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire, Reino Unido, 2008), de Danny Boyle e Loveleen Tandan
5 – Team America – Detonando o Mundo (Team America: World Police, EUA/Alemanha, 2004), de Trey Parker
4 – O Homem-Urso (Grizzly Man, EUA, 2005), de Werner Herzog
3 – Onde os Fracos Não Têm Vez (No Country for Old Men, EUA, 2007), de Joel Coen e Ethan Coen
2 – A Supremacia Bourne (The Bourne Supremacy, EUA/Alemanha, 2004) e O Ultimato Bourne (The Bourne Ultimatum, EUA/Alemanha, 2007), de Paul Greengrass
1 – Caché (Caché, França/Áustria/Alemanha/Itália/ EUA, 2005), de Michael Haneke.

(Foto: http://www.2001video.com.br/)

Festival do Amazonas divulga lista de premiados

A 6ª edição do Amazonas Film Festival encerrou-se na última quinta-feira, 12 de novembro. E os longas-metragens premiados foram:

a) Ficção:
1 - Grande Prêmio do Júri: Sansão e Dalila (Samson and Delilah, Austrália, 2009), de Warwick Thornton
2 - Prêmio do Júri: Cochicho com o Vento (Sirta la gal ba, Iraque, 2009), de Shahram Alidi
3 - Prêmio do Público: A Estrada (The Road, EUA, 2009), de John Hillcoat.

b) Documentário:
1 - Grande Prêmio do Júri: Wild Opera (Sem título no Brasil, França, 2009), de Laurent Frapat
2 - Prêmio do Júri: Green (Sem título no Brasil, França, 2009), de Patrick Rouxel, e Lost Gorillas of Virunga (Sem título no Brasil, EUA, 2009), de Michael Davie
3 - Prêmio do Público: Crude (Sem título no Brasiul, EUA, 2009), de Joe Berlinger.

7 de novembro de 2009

Era uma vez em 7 de novembro de 2009

ANSELMO DUARTE (89 anos, de acidente vascular cerebral), ator, diretor, roteirista e produtor brasileiro, que começou como ator, nos anos 1940, e atuou em 37 filmes, até 1987; foi galã de chanchadas da Atlântida carioca como Carnaval no Fogo (1949) e Aviso aos Navegantes (1950), e estrelou melodramas da Vera Cruz paulista como Tico-Tico no Fubá (1952), Apassionata (1952) e Sinhá Moça (1953); dos 11 filmes que dirigiu, o mais importante foi O Pagador de Promessas (1962), que arrebatou o prêmio de melhor filme no Festival de Cannes, feito repetido nos festivais de Cartagena, Colômbia, e de São Francisco, Estados Unidos; outros filmes interessantes que dirigiu são Vereda da Salvação (1964), O Descarte (1973) e O Crime do Zé Bigorna (1977). Recebeu prêmios pela carreira do Festival de Gramado, em 1992, e da Mostra Internacional de São Paulo, em 2003.


Dados biográficos: Anselmo Duarte nasceu em 21 de abril de 1920, em Salto (SP). Foi casado com a atriz Ilka Soares, com quem teve um casal de filhos. Teve mais dois filhos de outros casamentos. Vivia em sua cidade natal desde 1987, quando se afastou do cinema.

'Sem Destino': há 40 anos em cartaz

Nos anos 1960, a juventude se rebelou contra os valores das gerações antecedentes para viver como os lírios do campo e as aves do céu, entregue de corpo e alma a um ideal imediatista: “sexo, drogas e rock’n’roll”. A utopia não foi longe, mas gerou ao menos dois fenômenos culturais consideráveis: o Festival de Woodstock e o filme Sem Destino (Easy Rider, 1969), que acabam de completar 40 anos.


O filme é um road movie original, que acompanha o trajeto de dois motoqueiros sem eira nem beira, que partem de Los Angeles, no extremo oeste dos Estados Unidos, em direção ao sudeste do país. Após ganhar um punhado de dólares traficando cocaína, resolvem conhecer o Mardi Gras, o carnaval de New Orleans.

A respeito dos jovens, Wyatt (Peter Fonda) e Billy (Dennis Hopper), só se sabe que são de Los Angeles e nada mais. Não têm sequer sobrenomes. Nenhum vínculo ou compromisso de qualquer natureza. O último símbolo de compromisso é o relógio de Wyatt, que ele lança fora como se fosse algo maléfico. A ênfase dada ao seu gesto não deixa dúvida de que ele jamais se submeterá, outra vez, a qualquer forma de controle da civilização.

De imediato, por seus interesses e objetivos afins, os jovens parecem muito semelhantes. Mas as suas condutas em relação a terceiros revelam o quanto são diferentes entre si. Wyatt é calmo, receptivo, conciliador. Billy, ao contrário, é inquieto, agressivo e provocador.

Em companhia de um bicho-grilo que lhes pede carona, visitam uma comunidade hippie onde todos parecem ter a cabeça aureolada. A cena da refeição comunitária, então, ganha ares de uma epifania. Reunidos em círculo, como uma congregação de fiéis, aguardam a oração do líder. O ritual assume tal gravidade que evoca a Santa Ceia. Em panorâmica lenta, a partir do rosto do líder, a câmera gira 360 graus antes que ele comece a falar. Seu cabelo e sua barba remetem à figura de Cristo. Mas, por ironia, o ator se parece mesmo é com Charles Manson.

O filme está carregado, também, de referências aos filmes de faroeste. Várias paisagens por onde os motoqueiros passam, no Arizona, Utah e Novo México, fazem parte do imaginário desse gênero de filmes. Sem faltar o Monument Valley, que serviu de locações para inúmeros faroestes, inclusive nove de John Ford, que o revelou para o cinema em No Tempo das Diligências (1939).

Até os nomes dos motoqueiros reverberam figuras míticas do Velho Oeste: Wyatt lembra Wyatt Earp, lendário xerife, e Billy lembra Billy the Kid, bandido que o cinema alçou ao panteão. E mais: após ter falado em lutar na vastidão com índios e caubóis por todos os lados, Billy brinca de mocinho e bandido com as crianças da comunidade hippie.
A fixação na iconografia do Velho Oeste sugere que os motoqueiros são descendentes dos heroicos pioneiros, que ora empreendem o trajeto inverso, rumo à costa leste, onde começou a colonização do país.

Numa cena em particular fica claro o propósito de estabelecer um elo entre o presente e o passado. É quando Wyatt e Billy param numa fazenda para consertar os pneus das motos e encontram dois caubóis pondo ferradura no cavalo. Há um enquadramento em que se veem o caubói que fixa a ferradura na pata do cavalo, em primeiro plano, e os motoqueiros ajeitando as rodas de suas motos, em segundo plano.

De passagem por certa cidade, os motoqueiros são presos por desrespeitarem norma local. Na prisão, conhecem o advogado George Hanson (Jack Nicholson), recolhido por embriaguez. Liberados ao mesmo tempo, George embarca na viagem deles, literal e metaforicamente. Enquanto aprende a fumar baseado, filosofa sobre a condição dos dois heróis, que nada enxergam adiante do cigarro de maconha: “Não têm medo de vocês, mas do que vocês representam”; “para eles, vocês representam a liberdade”; “falar de liberdade e vivê-la são duas coisas diferentes”.

À medida que avançam para o sul, as pessoas que eles encontram se mostram cada vez mais preconceituosas e ameaçadoras. Na parada em um café, eles são francamente hostilizados pelos homens, que depois os seguem até o pouso para agredi-los a pauladas, e matam o advogado.

Em New Orleans, no entanto, os motoqueiros se sentem em casa. Esbaldam-se em comer e beber ao som de um “Kyrie Eleison”. Imagens do jantar são intercaladas com imagens da igreja e do bordel que visitam. A mescla de sagrado e profano, aliás, é a tônica nas cenas de New Orleans.

Do bordel, saem para o Mardi Gras com duas prostitutas. Depois para o cemitério, onde Wyatt saca o LSD que ganhou na comunidade hippie. Segue-se a impressionante sequência do delírio coletivo, induzido pela droga: imagens díspares em profusão, nas quais o sagrado e o profano estão imbricados. Cada qual com seu delírio particular e solilóquio desconexo. As imagens e as palavras exprimem suas dores inconscientes – resta saber se das personagens ou dos próprios atores.

O delírio é a parte mais complexa de toda a narrativa quase sempre linear. A fim de preparar o espectador para essa sequência, desde muito antes a montagem complica, progressivamente, as transições de um plano a outro. Nesses momentos, trechos finais do plano precedente são alternados com trechos iniciais do plano subsequente, até que este se fixe. Isto, naturalmente, causa certo estranhamento, por não se perceber, de pronto, motivo que justifique a exacerbação do corte. Em contrapartida, há oportunidades em que o corte é seco, elíptico, como na prisão dos motoqueiros e na apresentação deles, sem qualquer anúncio, em News Orleans.

Os experimentos da montagem não param por aí. Em dois momentos do filme, justapõem-se planos em que a câmera se movimenta em sentidos opostos. Com a predominância de planos dos motoqueiros seguindo da esquerda para a direita, são inseridos planos, sem a presença deles, em que o movimento se dá da direita para a esquerda.

O primeiro momento ocorre logo após a entrada dos motoqueiros no estado da Louisiana, onde a vegetação é exuberante, ainda acompanhados do advogado. Enquanto atravessam uma cidade, são vistos dois cemitérios. Entre o segundo cemitério e a parada no café, onde se encontram os virtuais assassinos do advogado, alguns planos de movimento reverso são inseridos alternadamente.

Mais para o final, quando os motoqueiros já se aproximam de seus algozes, a inversão de movimentos se repete. Nos planos de movimento invertido, vê-se o rio de cima da ponte pela qual os motoqueiros acabaram de passar. Nesse ponto, tem-se também a inserção de um plano dos motoqueiros ainda sobre a ponte já deixada para trás.
Nada disso é casual ou gratuito, evidentemente. O procedimento se encaixa em dois momentos cruciais, que precedem ações violentas e morte. Pode-se conjeturar, portanto, que tais planos revertidos exprimem um possível desejo do “narrador” de fazer a história retroceder. Ou, ao pressentir-se o fim dos motoqueiros, tenta-se atrasar a consumação da tragédia.

A morte dos motoqueiros é antecipada na sequência do bordel, por outro efeito da montagem – o flash-forward. Quando Wyatt lê uma frase sobre o que a morte faz em relação à reputação de um homem, a montagem insere um trecho do plano aéreo final, com a moto incendiada.

Privilegiadas pelo admirável trabalho de câmera, as motos são as grandes estrelas do filme. Seus deslocamentos por paisagens que se renovam, ao som de belas canções, imprimem tal fluidez à narrativa que o espetáculo resultou muito atraente. E, quando os jovens são alvejados, as motos é que parecem ser as vítimas. No caso de Wyatt, então, só se vê a mota partida voando e, depois, em chamas.

Na fotografia, abusa-se das exposições frente ao sol, poluindo as imagens com flair (reflexo do sol na lente da câmera). É um elemento perturbador que se introduz na harmonia dos enquadramentos, possível prenúncio do grande desequilíbrio que é a morte violenta, reforçando a visão de quatro cemitérios ao longo do filme. Ou, quem sabe, uma preparação para a sequência do delírio, na qual há um flair enorme, além de um zum que simula o mergulho da câmera diretamente no sol.

O lançamento do filme se deu em julho de 1969, em Nova York, mas só em setembro foi estendido para todo o país. A ocasião não poderia ser melhor, dada a proximidade com o Festival de Woodstock, o maior evento do tipo de todos os tempos. Cerca de 500 mil pessoas reunidas em uma fazenda, durante três dias do meado de agosto, apenas para ouvir rock e usar drogas. Um assombro, considerando-se que não se registrou uma única ocorrência policial.

Naquela altura, porém, o movimento hippie já estava contaminado com o vírus que o poria em xeque. Dias antes do festival, em 9 de agosto, Charles Manson, líder de uma comunidade semelhante à vista no filme, mandou executar todas as pessoas que se encontravam na casa do cineasta Roman Polanski. No episódio morreram cinco pessoas, inclusive a atriz Sharon Tate, mulher do cineasta, grávida no oitavo mês. Nem a magnitude de Woodstock poderia encobrir esse outro lado da moeda: a droga pode também provocar desequilíbrio mental de consequências imprevisíveis.

Não resta dúvida de que Sem Destino é um retrato daquela época. E um veículo de mensagens que toda uma geração queria ouvir, em especial o blablablá do advogado sobre a liberdade. Por isso mesmo faturou uma fábula. Tendo custado menos de 400 mil dólares, rendeu perto de 20 milhões somente nos Estados Unidos.

Mas é um retrato ambíguo. Os motoqueiros são seres vazios, incapazes de refletir para além de suas contidianeidades. Nas suas mentes, nada além da droga e de sonhos fúteis. Agem como zumbis, desligados da realidade. Não processam os sinais do perigo crescente à sua volta, nem possuem o instinto de autopreservação básico que incita à fuga. Tudo isso suscita uma indagação: eles são o modelo de toda aquela gente de Woodstock?
(Foto: http://www.2001video.vom.br/)
(Texto publicado pelo Jornal Opção de 27 de setembro a 3 de outubro de 2009, e pelo saite Revista Bula.)

1 de novembro de 2009

Era uma vez em 17 de outubro de 2009

ROSANNA SCHIAFFINO (69 anos, de câncer no seio), atriz e uma das beldades do cinema italiano; sua carreira durou apenas duas décadas (de 1956 a 1976), mas apareceu em mais de 40 filmes; teve seu melhor momento nos anos 1960, quando era requisitada para produções internacionais; entre seus filmes dignos de nota estão A Provocação (La sfida, 1958), A Longa Noite de Loucuras (La notte brava, 1959), A Cidade dos Desiludidos (Two Weeks in Another Town, 1962), Os Vitoriosos (The Victors, 1963), A Mandrágora (La mandragola, 1965) e El Greco (Idem, 1966).
(Foto: http://www.allposters.com/)

Dados biográficos: Rosa Anna Schiaffino nasceu em 25 de novembro de 1939, em Gênova, Itália. Tendo sido Miss Ligúria, chegou a ter sua beleza comparada à de Hedy Lamarr, chamada de "Hedy Lamarr Italiana". Foi casada com o produtor Alfredo Bini, com quem teve um filho.