31 de julho de 2010

Carta da Lapa: uma visão prospectiva do cinema brasileiro

Aqui está a Carta da Lapa, que merece ser divulgada, lida e compreendida em profundidade por todos nós que gostamos de cinema e queremos ver o seu contínuo desenvolvimento no território nacional.

"Reunidos durante o Festival da Lapa 2010 (Festival de Filmes de Época), diretores de cinema, produtores, assistentes de arte e de produção, cineclubistas, professores, alunos, representantes de escolas de cinema e de entidades do cinema paranaense, cinéfilos e cidadãos lapeanos, participaram das mostras, oficinas, bate-papos e mesas de debates. Questões ligadas ao filme de época, ao movimento cineclubista, à relação entre cinema e educação, à formação técnico-profissional, à pesquisa e preservação cinematográficas foram abordadas. Por aclamação dos presentes, as proposições e considerações feitas durante o encontro seguem sintetizadas nesse documento.

Afirmou-se a importância da continuidade e do fortalecimento do Festival da Lapa, referência cada vez maior para as questões relacionadas aos filmes de época: direção de arte, figurino, maquiagem, adereços e fotografia. Espera-se que em suas próximas edições possa sediar de forma ainda mais sistematizada encontros das categorias diretamente envolvidas com a temática.

Definiu-se como urgente que os cinéfilos e os que trabalham com cinema no Paraná façam a sua parte no processo, retomado em 2003 durante o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, de rearticulação dos cineclubes brasileiros, reafirmando (como na memorável Carta de Curitiba, redigida quando da realização em fevereiro de 1974, no Teatro do Paiol, da VIII Jornada Nacional de Cineclubes/III Encontro Sul-Americano de Cineclubes) sua clara posição em defesa do cinema nacional, seu compromisso com o desenvolvimento do projeto cultural brasileiro. Em sintonia com o Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros e com o Programa Cine Mais Cultura do MinC, cabe aproximar os cineclubes em funcionamento no Paraná e atuar, inclusive com propostas de políticas públicas, visando implantar cineclubes na maioria dos espaços possíveis: universidades, escolas, institutos, bibliotecas públicas, museus, sindicatos, clubes, câmaras municipais, unidades da rede SESC, associações e centros culturais.

Desta forma, se estará contribuindo com a formação do público e de público para o cinema brasileiro, de quadros que possam fazer crítica de cinema -- buscando retomar uma tradição que iniciou em Curitiba no final dos anos 40 e que se desenvolveu até pouco depois de meados dos anos 60, sobressaindo nesse período, por sua sólida cultura cinematográfica, os nomes de Armando Ribeiro Pinto, Francisco Bettega Neto e Lélio Sottomaior Júnior --, e de quadros que possam se orientar, ampliadas as parcerias entre cineclubes universitários, cursos de cinema e Cinemateca de Curitiba, para as atividades de pesquisa, preservação e difusão, para o trabalho em arquivos audiovisuais. Em conseqüência, com a implantação de cineclubes, também se quer dar um passo na formação de um ainda necessário jornalismo cultural paranaense, verdadeiramente capaz de fazer a mediação entre as manifestações artísticas e o público. Se o desafio é imenso, os cineclubistas hoje também contam com a Programadora Brasil e com a Filmoteca Carlos Vieira, ambas com um acervo de filmes devidamente licenciados, em condições, portanto, de resolver suas dificuldades iniciais de programação.

Dentre os espaços citados, sublinhou-se a possibilidade do museu, ao lado da exibição e discussão de filmes, servir como plataforma de diálogo e inclusão cultural. Se presentes nas escolas, os cineclubes trazem a expectativa de que a cultura cinematográfica ajude os estudantes a projetar sua autonomia intelectual. Neste sentido, fez-se clara menção de apoio ao 1o. Seminário de Cinema e Educação: cineclube, escola, comunidade, proposto pelo Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros e aprovado pelo Comitê Consultivo da SAV- Secretaria do Audiovisual/MinC. O objetivo do Seminário, de suas comunicações e debates, é produzir um elenco de sugestões concretas e programáticas a ser submetido à aprovação e execução pela administração pública. Os presentes estenderam também todo o seu apoio ao programa Cinema Perto de Você, que está sendo lançado pela Ancine/Agência Nacional de Cinema visando incentivar o setor privado (por meio de linhas de financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual e do BNDES e ainda por conhecidos mecanismos de desoneração tributária) a abrir cinemas nas imediações de grandes centros urbanos e em municípios sem essa alternativa cultural. Sua prioridade localiza-se nos 89 municípios com mais de cem mil habitantes e sem nenhuma sala de cinema!

Na linha da formação profissional, reafirmou-se o reconhecimento da importância do técnico cinematográfico e a urgência da criação de cursos técnicos profissionalizantes para o setor audiovisual na rede federal de educação profissional e tecnológica (Institutos Federais, Universidade Tecnológica, Cefets e Escolas Técnicas vinculadas às Universidades). Se, de um lado é compreensível que todos queiram se tornar diretores, diretores de fotografia, diretores de arte e diretores artísticos, por outro, há grande falta de técnicos em muitas áreas da produção. No atual contexto do cinema brasileiro, as carências de técnicos têm sido supridas de modo paliativo, por meio de oficinas de formação realizadas, em muitos casos, em plena produção! Sem desmerecer a relevância nem os benefícios do “modelo” oficinas, é preciso ir além. A carência maior, em cada produção pelo Brasil afora, é de técnicos intermediários e de suporte, portanto urge formá-los. São necessários cursos de cenotécnica, elétrica de cena e iluminação, adereço, maquiagem de teatro e cine, produção gráfica, produção de arte, assistente de produção, câmera, maquinaria, animação, prospecção, recuperação/preservação, enfim, cursos de produção voltados ao cinema e vídeo.

No âmbito da preservação, entendendo preservar como oferecer condições para tornar perene a obra cultural (na sua materialidade, integridade, integralidade física e nas suas documentações conexas), para fins de difusão, pesquisa, estudos e fruição, é preciso estabelecer políticas públicas efetivas, inclusive de acervos digitais, bem como definições claras para o acesso aos acervos. O acesso ao material preservado, seja para novas produções ou para estudos é o que lhe empresta sentido, mostrando aspectos da história e do imaginário, levando à reflexão sobre o passado e suas esperanças. Considerou-se também como de maior importância incluir na pauta do audiovisual que a preservação começa na produção, que cabe aos produtores incluir em seus planos de trabalho cópias de preservação e guarda de materiais que integram o processo de criação/produção (como versões de roteiros), que caracterizam a documentação da obra.

Apontou-se também a carência de profissionais que se dediquem à macroestrutura de uma produção, ao planejamento do roteiro, da filmagem, do lançamento e da distribuição (o que supõe, muitas vezes, o conhecimento do mercado internacional e de como nele negociar, entre outras qualificações). Atualmente, quase sempre quem exerce esta função é um diretor, em seu próprio filme ou no de um diretor amigo. Sendo assim, para evitar esta sobrecarga, que as escolas de cinema avaliem se não caberia programar cursos, pelo menos de extensão, voltados a esta macroestrutura da produção.

Durante o Festival foram aplaudidas as manifestações de apoio às entidades de classe do cinema paranaense, especialmente o SIAPAR (Sindicato das Indústrias Audiovisuais do Paraná) e a AVEC (Associação de Vídeo e Cinema do Paraná). Ressaltou-se a relevância do Estado não concorrer com a produção independente local, mas sim instituir e desenvolver ações de fomento e estímulo como, por exemplo, editais para alocação de recursos visando o desenvolvimento do setor. Chamou-se a atenção para a necessidade de suplementar a informação das empresas quanto aos modos de funcionamento das leis de incentivos fiscais, mais especificamente da Lei do Audiovisual, um excelente instrumento à disposição dos realizadores, mas ainda com baixa utilização pelas empresas, seja por desconhecimento ou até mesmo por falta de uma prática contínua para investir em filmes parte do seu imposto de renda a pagar.

E, em acordo com a Carta de Atibaia, produzida e assinada pelo Congresso Brasileiro de Cinema, em janeiro de 2010, reafirmou-se a importância da continuidade e da ampliação dos programas do Ministério da Cultura nas suas diversas áreas, sobretudo, pelo que significam em termos de democratização do acesso à cultura, como afirmação do direito dos cidadãos brasileiros à cultura.

Finalmente agradecemos a Prefeitura da Lapa, ao Instituto Borges da Silveira, ao Instituto Cultural e Artístico da Lapa, ao Governo do Paraná e ao Ministério da Cultura, patrocinadores do evento.
Lapa, 12 de junho de 2010."

Entidades Presentes:
- AVEC/PR – Associação de Vídeo e Cinema do Paraná
- Centro de Pesquisadores do Cinema Brasileiro/Regional do Paraná
- Cinemateca de Curitiba
- Comissão Organizadora do Cineclube Campus Central da UFPR
- Comissão Organizadora do Cineclube da Lapa
- Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Paraná
- FAPR/Faculdade de Artes do Paraná
- Instituto Borges da Silveira (c/sede na Lapa)
- Instituto Artístico e Cultural da Lapa
- IFPR/Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Paraná
- Kinoarte/Instituto de Cinema e Vídeo de Londrina
- Nesef-UFPR/Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre o Ensino de Filosofia
- Núcleo de Vídeo e Cinema da Lapa
- Programa Mais Cultura/Cine Mais Cultura do MinC
- SIAPAR/Sindicato das Indústrias Audiovisuais do Paraná

Entidades que manifestaram apoio:
- Associação de Difusão Cultural de Atibaia
- Biblioteca Pública do Paraná
- CEU/Casa do Estudante Universitário do Paraná
- CREC/Centro Rio Clarense de Estudos Cinematográficos
- Ciclo de Cinema Aeroporto (Londrina/PR)
- Cineclube Cinema Comunitário (Rio de Janeiro/RJ)
- Cineclube Interação de Altamira do Paraná
- Cineclube MeMostra (Curitiba/PR)
- Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros
- Difusão Cineclube (Atibaia/SP)
- Era Uma Vez O Cinema.Blogspot.Com (Brasília/DF)
- FAIA/Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual
- Fórum das Entidades Culturais do Paraná
- Ponto de Cultura Minha Vila Filmo Eu (Curitiba/PR)
- Representação Central Ucraniano-Brasileira (Curitiba/PR)
- Taturana - Revista de Cinema (Londrina/PR)
- TV Cidade Livre – Canal Comunitário (Rio Claro/SP)
- Vila Cultural AlmA Brasil (Londrina/PR).

A cidade da Lapa (PR) ensaia um grito que chama à participação todos os brasileiros que gostam de cinema e sabem da importância dos cineclubes

Este blog abre espaço para divulgar o meritório trabalho de Emmanuel Appel, professor de filosofia da Universidade Federal do Paraná (e que também vem colaborando com a reitoria do Instituto Federal do Paraná na implantação de sua área de cultura), na busca de uma política estimuladora da reativação do movimento cineclubista naquele Estado. É a sua contribuição para a Carta da Lapa, um verdadeiro manifesto, que servirá de locomotiva a puxar os passos subsequentes do esforço paranaense em prol do desenvolvimento do cinema brasileiro. O título do documento refere-se à cidade da Lapa (PR), local em que recentemente se realizou a quarta edição do Festival da Lapa, com destaque para a Mostra Competitiva de Filmes de Época, concorrentes ao troféu Tropeiro, um dos símbolos da Lapa.
A seguir, o texto do professor Appel para a Carta da Lapa, que merece ser chamado de Grito da Lapa, digno de ser ouvido em todos os rincões do nosso País:

"Se bem traduzo parte dos debates e conversas do sábado, penúltimo dia do Festival da Lapa, um dos pontos desta Carta deve centrar-se na urgência que têm os cinéfilos e os que trabalham com cinema no Paraná em fazer a sua parte no processo (retomado em 2003 durante o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro) de rearticulação dos cineclubes, reafirmando (como na memorável Carta de Curitiba, redigida quando da realização, em fevereiro de 1974, no Teatro do Paiol, da VIII Jornada Nacional de Cineclubes/III Encontro Sul-Americano de Cineclubes) sua clara posição em defesa do cinema nacional, seu compromisso com o desenvolvimento do projeto cultural brasileiro. Em sintonia com o Conselho Nacional de Cineclubes Brasileiros e com o Programa Cine Mais Cultura do MinC, cabe aproximar os cineclubes em funcionamento no Paraná e atuar, inclusive com propostas de políticas públicas, no sentido de implantar cineclubes em todos os espaços possíveis: universidades, associações, institutos, bibliotecas, museus, sindicatos, clubes, câmaras municipais, unidades da rede Sesc, dentre outros. Desta forma, estaremos contribuindo com a formação do público e de público para o cinema nacional, de quadros que possam fazer crítica de cinema -- retomando talvez uma tradição que iniciou em Curitiba no final dos anos quarenta e que se desenvolveu até pouco depois de meados dos sessenta, sobressaindo nesse período, por sua sólida cultura cinematográfica, os nomes de Armando Ribeiro Pinto (que, no caminho aberto por Paulo Emílio Salles Gomes, passou uma temporada em Paris assistindo os clássicos na Cinemateca Francesa), Francisco Bettega Neto (cujas críticas, na edição curitibana do jornal Última Hora, eram de leitura obrigatória) e Lélio Sottomaior Júnior (que revelou os autores franceses e americanos, em especial para os que freqüentavam o Cineclube Pró-Arte do Colégio Santa Maria) --, e de quadros que possam se orientar, ampliadas as parcerias entre cineclubes universitários, cursos de cinema e Cinemateca de Curitiba, para as atividades de pesquisa, preservação e difusão, para o trabalho em arquivos audiovisuais. Em consequência, com a implantação de cineclubes, estaremos também dando um passo na formação de um ainda necessário jornalismo cultural paranaense, verdadeiramente capaz de fazer a mediação entre as manifestações culturais e o público. Mais ainda: com a interiorização dos cineclubes pode-se progressivamente diminuir uma estatística estarrecedora, colhida pelo IBGE em 2007: apenas 8% dos municípios brasileiros (de um total de mais de 5.500) possuem salas de cinema! Segundo dados recentes, o Brasil ocupa o sexagésimo lugar na relação de habitantes por sala: são em números redondos 86.300 pessoas para cada sala de cinema enquanto nos Estados Unidos a média é de 7.900. Se vingar o programa Cinema Perto de Você, que está sendo lançado pela Ancine/Agência Nacional de Cinema visando incentivar o setor privado (por meio de linhas de financiamento do Fundo Setorial do Audiovisual e do BNDES e ainda por conhecidos mecanismos de desoneração tributária) a abrir cinemas -- previsão de 600 salas em quatro anos -- nas imediações de grandes centros urbanos e em municípios sem essa alternativa cultural; se vingar, dizíamos, - e os presentes no Festival da Lapa torcem por esta iniciativa, cuja prioridade encontra-se nos 89 municípios com mais de cem mil habitantes e sem nenhuma sala de cinema! -- ainda assim passaríamos das atuais 2.200 salas (encontravam-se reduzidas a menos da metade em 1995 e dobraram devido ao extraordinário avanço de shopping centers) para 2.800, patamar ainda inferior ao de meados dos anos setenta, quando o Brasil possuía 3.300 salas em funcionamento. Ora, salta aos olhos como a atividade cineclubista, existente desde antes dos anos vinte (ainda que o primeiro cineclube brasileiro com estatutos e registro oficial, o Chaplin Club, tenha sido fundado em 1928, há registro de que já em 1917, também no Rio de Janeiro, um grupo de amigos, alunos do Colégio Pio Americano, se reunia para ver e debater filmes) e voltada às virtudes formativas, criativas e críticas do cinema, poderá não só atenuar esta situação como, por meio de festivais, mostras e retrospectivas, fazer com que o cinema, de todas as bitolas, tecnologias e diversidades estético-culturais, chegue à população: calcula-se que apenas 10% dos quase 200 milhões de brasileiros vão ao cinema “pelo menos uma vez por ano”! Se o desafio é imenso, os cineclubistas hoje contam com a Programadora Brasil e com a Filmoteca Carlos Vieira, ambas com um acervo de filmes devidamente licenciados, em condições, portanto, de resolver suas dificuldades iniciais de programação. Pensando grande, num tempo não muito distante, impregnado de otimismo militante, com os cineclubes (que, nunca é demais lembrar, também são -- além de territórios de aprendizagem, por conta da possibilidade de debates regulares, antecedidos por uma apresentação do filme -- espaços de sociabilidade, centros de vivência, pontos de encontro) é bem provável que se recrie o hábito de ir ao cinema e que boa parte dos que frequentam cineclubes passe a ver o cinema como importante em suas vidas.

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Outro ponto, esboçado nas mesas do sábado, 12 de junho, que merece ser destacado na Carta, diz respeito à instalação de cineclubes nas escolas: penso não estar exagerando ao imaginar a cultura cinematográfica ajudando os estudantes a projetar sua autonomia intelectual e a fazer uso público de sua razão, levando a uma sociedade melhor. E para desenvolver este ponto, o conteúdo do e-mail de Saskia Sá, enviado por Rodrigo Bouillet, sobre o seminário “Cinema e Educação: cineclube, escola, comunidade”, bem como as contribuições dos participantes das demais mesas, será certamente de grande valia. Com o recebimento da primeira versão, saberemos todos como melhor colaborar, trabalhar o texto e chegar a uma carta-manifesto. Um abraço a todos. Emmanuel."

Suso Cecchi d'Amico (1914-2010)

A roteirista italiana Suso Cecchi d'Amico, colaboradora favorita do cineasta Luchino Visconti e que ajudou a dar forma às histórias do neo-realismo cinematográfico, morreu hoje em Roma aos 96 anos.

Os filhos dela informaram neste sábado a morte de Giovanna Cecchi, conhecida como Suso Cecchi d'Amico, cujo funeral será realizado na próxima segunda-feira em Roma.

Nascida em Roma em 21 de julho de 1914, filha do escritor Emilio Cecchi, colaborou em mais de cem filmes de cineastas importantes da Itália como Roberto Rossellini, Vittorio De Sica e Federico Fellini.

Agraciada em 1994 com o Leão de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Veneza, pela carreira, Cecchi d'Amico participou dos roteiros deo Roma, Cidade Aberta (Roma, città aperta, 1945), Ladrões de Bicicletas (Ladri di biciclette, 1948) e O Leopardo (Il gattopardo, 1963).

28 de julho de 2010

Brigitte Bardot comemora proibição de touradas

O parlamento da Catalunha, província do nordeste da Espanha, decidiu proibir as touradas em seu território a partir de janeiro de 2012. Os inimigos da tourada começaram seu combate pela Catalunha porque lá o esporte não é tão importante quanto em outras províncias espanholas, o que facilitaria o ganho de causa, como de fato aconteceu.

A atriz francesa Brigitte Bardot, defensora intransigente dos animais, comemorou a decisão em um comunicado, no qual diz: "É uma vitória da democracia sobre os lobbies taurinos. Uma vitória da dignidade sobre a crueldade. A tourada é de um sadismo incrível. Já não estamos nos jogos circenses e é necessário pôr um fim imediato a esta tortura animal".

Por tudo que representou para o cinema francês, quando era jovem e bela, Brigitte merece a nossa admiração e o nosso respeito. (Ela foi, virtualmente, o maior estímulo às faculdades sexuais deste escriba, na adolescência.) No entanto, suas palavras não merecem passar sem questionamento, já que não respeitam a boa lógica nem os valores democráticos.

É inegável, no caso, que a decisão ocorreu dentro do jogo democrático, mas a expressão "lobbies taurinos" mais confunde que esclarece. Primeiro, pela existência também de fortíssimos "lobbies antitaurinos", dos quais Brigitte é um exemplo. Segundo, porque há muita gente que defende de boa-fé as touradas, simplesmente por apreciá-las. É o caso, por exemplo, do filósofo francês Francis Wolf, que escreveu um belo texto a respeito.

O uso do termo "dignidade" não nos parece adequado por conter um conceito moral, inaplicável ao reino animal. Quanto ao sadismo, é pouco provável que nós, humanos, deixaremos de ser sádicos com a eliminação das touradas. A tendência, aliás, é que, na ausência das formas sublimadas de violência, nós nos tornemos ainda mais sádicos contra os nossos semelhantes.

Por fim, sendo a tourada um jogo circense, que existe legitimamente há séculos, quem tem poder para decretar que "já não estamos nos jogos circenses"? E por que não é bom estar nos jogos circenses? Ou, por outro lado, qual seria o benefício para a humanidade de não mais estar nos jogos circenses? Mas é quando ela afirma "é necessário pôr um fim imediato..." que a sua personalidade autoritária se revela sem disfarces.
(Notícia veiculada pelo saite UOL Entretenimento.)

27 de julho de 2010

Maury Chaykin (1949-2010)

O ator norte-americano Maury Chaykin morreu hoje aos 61 anos, em um hospital de Toronto, em consequência de complicações renais.
Chaykin morreu no mesmo dia em que completava 61 anos. Ele participou dos filmes "Irmãos Gêmeos" (1988), "Dança com Lobos" (1990), "A Máscara do Zorro" (1998) e, mais recentemente, "Ensaio Sobre a Cegueira" (2008), dirigido pelo brasileiro Fernando Meirelles.
O ator nasceu em 1949 nos Estados Unidos, mas se mudou para Toronto, onde desenvolveu sua carreira artística. Seu pai era americano e a mãe canadense.
Durante sua carreira, Chaykin recebeu alguns dos principais prêmios do cinema e da televisão canadenses.

23 de julho de 2010

Festival de Paulínia: a relação dos premiados

O III Paulínia Festival de Cinema, realizado em Paulínia (SP), encerrou-se na última quinta-feira, 22, consagrou o filme "5x Favela - Agora por Nós Mesmos", que conquistou seis troféus Menina de Ouro.
A seguir, a lista dos longas-metragens premiados:
1 - Melhor filme (ficção): "5x Favela – Agora por Nós Mesmos" (2010), de Manaira Carneiro, Wagner Novais, Rodrigo Felha, Cacau Amaral, Luciano Vidigal, Cadu Barcellos e Luciana Bezerra
2 - Melhor documentário: "Leite e Ferro" (2010), de Claudia Priscilla
3 - Melhor diretor (ficção): Flavio Tambellini, por "Malu de Bicicleta" (2010)
4 - Melhor diretor (documentário): Claudia Priscilla, por "Leite e Ferro"
5 - Melhor ator: Marcelo Serrado, por "Malu de Bicicleta"
6 - Melhor atriz: Fernanda de Freitas, por "Malu de Bicicleta"
7 - Melhor ator coadjuvante: Marcio Vitto, por "5x Favela – Agora por Nós Mesmos", episódio "Acende a Luz"
8 - Melhor atriz coadjuvante: Dila Guerra, por "5x Favela – Agora por Nós Mesmos", episódio "Acende a Luz"
9 - Melhor roteiro: Rafael Dragaud, por "5x Favela – Agora por Nós Mesmos"
10 - Melhor fotografia: Gustavo Hadba, por "Bróder" (2010)
11 - Melhor montagem: Quito Ribeiro, por "5x Favela – Agora por Nós Mesmos"
12 - Melhor som: Miriam Biderman e Ricardo Reis, por "Bróder"
13 - Melhor direção de arte: Alessandra Maestro, por "Bróder"
14 - Melhor trilha sonora: Guto Graça Melo, por "5x Favela – Agora por Nós Mesmos"
15 - Melhor figurino: Marcia Tacsir, por "Desenrola" (2010)
16 - Prêmio especial do júri: "Lixo Extraordinário" (2010), de Lucy Walker, João Jardim e Karen Harley
17 - Prêmio da crítica: "Bróder", de Jefferson De.

18 de julho de 2010

James Gammon (1940-2010), ator

O ator americano James Gammon morreu de câncer, em 16 de julho, aos 70 anos. Muito requisitado como coadjuvante, marcou presença em mais de 60 filmes. Suas mais memoráveis atuações foram no gênero western, quase sempre fazendo tipos grosseiros e mal-humorados, como se pode ver em filmes como "Um Homem Chamado Cavalo" (A Man Called Horse, 1970), "Cowboy do Asfalto" (Urban Cowboy, 1980), "Silverado" (1985), "Wyatt Earp" (1994), "Wild Bill - Uma Lenda no Oeste" (Wild Bill, 1995), "Terra de Paixões" (The Hi-Lo Country, 1998) e "Cold Mountain" (2003). Nasceu em 20 de abril de 1940, em Newman, Illinois. Deixou viúva e dois filhos.

14 de julho de 2010

Trigger, o cavalo de Roy Rogers, é leiloado

O corpo empalhado do cavalo Trigger, fiel companheiro do caubói Roy Rogers, foi vendido hoje em leilão, em Nova York, por US$ 266.500.

O cavalo foi o primeiro dos 300 itens relacionados a Roy Rogers (1911-1998) e sua mulher, Dale Evans, que estão sendo leiloados na casa Christie's. Tudo que irá à venda estava em um museu dedicado ao ator.

Trigger, um cavalo da raça palomino, acompanhou Rogers na maioria de seus filmes e durante as turnês de exibição que fazia pelos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial.

Apesar do alto preço pago pelo cavalo, o item mais caro do primeiro dia do leilão, que termina nesta quinta-feira, 15, foi uma cadeira com o nome do caubói, arrematada por US$ 386.500.
(Notícia do saite UOL News.)

13 de julho de 2010

Festival de Toronto: 100 filmes essenciais

O saite Thompson on Hollywood divulgou a lista de 100 filmes essenciais do Festival de Cinema de Toronto, Canadá. A lista foi definida por um painel de especialistas, curadores do festival.
A seguir, a lista completa, na ordem inversa à da classificação:
100 - Playtime - Tempo de Diversão (Play Time, França/Itália, 1970), de Jacques Tati
99 - Oldboy (Oldboy, Coreia do Sul, 2003), de Park Chan-wook
98 - Terra (Zemlya, União Soviética, 1930), de Aleksander Dovjenko
97 - Tudo sobre Minha Mãe (Todo sobre mi madre, Espanha/ França, 1999), de Pedro Almodóvar
96 - Cléo das 5 às 7 (Cléo de 5 à 7, França/Itália, 1962), de Agnès Varda
95 - A Nossos Amores (À nos amours, França, 1983), de Maurice Pialat
94 - Ondas do Destino (Breaking the Waves, Dinamarca/Suécia/ França/Holanda/Noruega/Islândia, 1996), de Lars von Trier
93 - Três Homens em Conflito (Il buono, il brutto, il cattivo, Itália/Espanha/Alemanha, 1966), de Sergio Leone
92 - Veludo Azul (Blue Velvet, EUA, 1986), de David Lynch
91 - O Terceiro Homem (The Third Man, Reino Unido, 1949), de Carol Reed
90 - Palavras ao Vento (Written on the Wind, EUA, 1956), de Douglas Sirk
89 - Videodrome - A Síndrome do Vídeo (Videodrome, Canadá, 1983), de David Cronenberg
88 - Asas do Desejo (Der Himmel über Berlin, Alemanha/França, 1987), de Wim Wenders
87 - Andrei Rublev (Andrey Rublyov, União Soviética, 1966), de Andrei Tarkovsky
86 - Chinatown (Chinatown, EUA, 1974), de Roman Polanski
85 - Relíquia Macabra (The Maltese Falcon, EUA, 1941), de John Huston
84 - Touro Indomável (Raging Bull, EUA, 1980), de Martin Scorsese
83 - La noire de... (Sem título no Brasil, 1966, França/Senegal), de Ousmane Sembène
82 - Amores Expressos (Chung Hing sam lam, Hong Kong, 1994), de Wong Kar Wai
81 - O Nascimento de uma Nação (The Birth of a Nation, EUA, 1915), de D. W. Griffith
80 - Noivo Neurótico, Noiva Nervosa (Annie Hall, EUA, 1977), de Woody Allen
79 - Tubarão (Jaws, EUA, 1975), de Steven Spielberg
78 - Quanto Mais Quente Melhor (Some Like It Hot, EUA, 1959), de Billy Wilder
77 - Ouro e Maldição (Greed, 1924), de Erich von Stroheim
76 - A Vida dos Outros (Das Leben der Anderen, Alemanha, 2006), de Florian Henckel von Donnersmarck
75 - Crônica de um Verão (Chronique d'un été (Paris 1960) , França, 1961), de Jean Rouch e Edgar Morin
74 - Jules e Jim (Jules et Jim, França, 1962), de François Truffaut
73 - Wavelength (Sem título no Brasil, Canadá/EUA, 1967), de Michael Snow
72 - O Tigre e o Dragão (Wo hu cang long, Taiwan/Hong Kong/ EUA/China, 2000), de Ang Lee
71 - Nashville (Nashville, EUA, 1975), de Robert Altman
70 - A Lista de Schindler (Schindler's List, EUA, 1993), de Steven Spielberg
69 - Poeira no Vento (Lian lian feng chen, Taiwan, 1986), de Hou Hsiao-hsien
68 - Psicose (Psycho, EUA, 1960), de Alfred Hitchcock
67 - Scorpio Rising (Sem título no Brasil, EUA, 1964), de Kenneth Anger
66 - M - O Vampiro de Düsseldorf (M, Alemanha, 1931), de Fritz Lang
65 - Memórias do Subdesenvolvimento (Memoria del subdesarrollo, Cuba, 1968), de Tomás Gutiérrez Alea
64 - Laranja Mecânica (A Clockwork Orange, Reino Unido/EUA, 1971), de Stanley Kubrick
63 - Johnny Guitar (Johnny Guitar, EUA, 1954), de Nicholas Ray
62 - Cantando na Chuva (Singin' in the Rain, EUA, 1952), de Stanley Donen e Gene Kelly
61 - Levada da Breca (Bringing Up Baby, EUA 1938), de Howard Hawks
60 - O Boulevard do Crime (Les enfants du paradis, França, 1945), de Marcel Carné
59 - Através das Oliveiras (Zire darakhatan zeyton, França/Irã, 1994), de Abbas Kiarostami
58 - Blade Runner - O Caçador de Androides (Blade Runner, EUA/Hong Kong, 1982), de Ridley Scott
57 - Desejos Proibidos (Madame de..., França/Itália, 1953), de Max Ophüls
56 - O Labirinto do Fauno (El laberinto del fauno, Espanha/ México/EUA, 2006), de Guillermo del Toro
55 - Le chagrin et la pitié (Sem título no Brasil, França/Suíça/ Alemanha, 1969), de Marcel Ophüls
54 - A Vida É Bela (La vita è bella, Itália, 1997), de Roberto Benigni
53 - Viridiana (Viridiana, Espanha/México, 1961), de Luis Buñuel
52 - Amor à Flor da Pele (Fa yeung nin wa, Hong Kong/França, 2000), de Wong Kar Wai
51 - A Batalha de Argel (La battaglia di Algeri, Itália/Argélia, 1966), de Gillo Pontecorvo
50 - Metrópolis (Metropolis, Alemanha, 1927), de Fritz Lang
49 - Viagem à Lua (Le voyage dans la lune, França, 1902), de Georges Méliès
48 - O Sétimo Selo (Det sjunde inseglet, Suécia, 1957), de Ingmar Bergman
47 - Saló ou Os Cento e Vinte Dias de Sodoma (Salò o le 120 giornate di Sodoma, Itália/França, 1975), de Pier Paolo Pasolini
46 - Apocalypse Now (Apocalypse Now, EUA, 1979), de Francis Ford Coppola
45 - Taxi Driver - Motorista de Táxi (Taxi Driver, EUA, 1976), de Martin Scorsese
44 - Cidade de Deus (Brasil/França, 2002), de Fernando Meirelles
43 - O Conformista (Il conformista, Itália/França/Alemanha, 1970), de Bernardo Bertolucci
42 - Quem Quer Ser um Milionário? (Slumdog Millionaire, Reino Unido, 2008), de Danny Boyle
41 - Rastros de Ódio (The Searchers, EUA, 1956), de John Ford
40 - Pulp Fiction - Tempo de Violência (Pulp Fiction, EUA, 1994), de Quentin Tarantino
39 - Noite e Neblina (Nuit et brouillard, França, 1955), de Alain Resnais
38 - Um Corpo que Cai (Vertigo, EUA, 1958), de Alfred Hitchcock
37 - La jetée (La jetée, França, 1962), de Chris Marker
36 - O Mágico de Oz (The Wizard of Oz, EUA, 1939), de Victor Fleming
35 - A Chegada de um Trem na Estação (L'arrivée d'un train à La Ciotat, França, 1896), de Louis e Auguste Lumière
34 - A Doce Vida (La dolce vita, Itália/França, 1960), de Federico Fellini
33 - O Leopardo (Il gattopardo, Itália/França, 1963), de Luchino Visconti
32 - A Regra do Jogo (La règle de jeu, França, 1939), de Jean Renoir
31 - Bancando o Águia (Sherlock Jr., 1924), de Buster Keaton
30 - Guerra nas Estrelas (Star Wars: Episode IV - A New Hope, EUA, 1977), de George Lucas
29 - Luzes da Cidade (City Lights, EUA, 1931), de Charlie Chaplin
28 - O Fabuloso Destino de Amélie Poulain (Le fabuleux destin d'Amélie Poulain, França, 2001), de Jean-Pierre Jeunet
27 - Viagem pela Itália (Viaggio in Italia, Itália/França, 1954), de Roberto Rossellini
26 - 2001: Uma Odisseia no Espaço (2001: A Space Odyssey, Reino Unido/EUA, 1968), de Stanley Kubrick
25 - Aurora (Sunrise: A Song of Two Humans, EUA, 1927), de F. W. Murnau
24 - E o Vento Levou (Gone with the Wind, EUA, 1939), de Victor Fleming
23 - Persona (Persona, Suécia, 1966), de Ingmar Bergman
22 - Lawrence da Arábia (Lawrence of Arabia, Reino Unido, 1962), de David Lean
21 - A Grande Ilusão (La grande illusion, França, 1937), de Jean Renoir
20 - Cinema Paradiso (Nuovo Cinema Paradiso, Itália/França, 1988), de Giuseppe Tornatore
19 - Atalante (L'Atalante, França, 1934), de Jean Vigo
18 - Acossado (À bout de souffle, França, 1960), de Jean-Luc Godard
17 - Contos da Lua Vaga (Ugetsu monogatari, Japão, 1953), de Kenji Mizoguchi
16 - Os Incompreeendidos (Les quatre cents coups, França, 1959), de François Truffaut
15 - Era uma Vez em Tóquio (Tôkyô monogatari, Japão, 1953), de Yasujiro Ozu
14 - Rashomon (Rashômon, Japão, 1950), de Akira Kurosawa
13 - O Encouraçado Potemkin (Bronenosets Potyomkin, União Soviética, 1925), de Sergei Eisenstein
12 - Oito e Meio (8 ½, Itália/França, 1963), de Federico Fellini
11 - O Medo Devora a Alma (Angst essen Seele auf, Alemanha, 1974), de Rainer Werner Fassbinder
10 - Ladrões de Bicicleta (Ladri di biciclette, Itália, 1948), de Vittorio De Sica
9 - Um Homem com uma Câmera (Chelovek s kino-apparatom, União Soviética, 1929), de Dziga Vertov
8 - Casablanca (Casablanca, EUA, 1942), de Michael Curtiz
7 - A Canção da Estrada (Pather Panchali, Índia, 1955), de Satyajit Ray
6 - Os Sete Samurais (Shichinin no samurai, Japão, 1954), de Akira Kurosawa
5 - Pickpocket (Pickpocket, França, 1959), de Robert Bresson
4 - O Poderoso Chefão (The Godfather, EUA, 1972), de Francis Ford Coppola
3 - A Aventura (L'avventura, Itália/França, 1960), de Michaelangelo Antonioni
2 - Cidadão Kane (Citizen Kane, EUA, 1941), de Orson Welles
1 - O Martírio de Joana d'Arc (La passion de Jeanne d'Arc, 1928), de Carl Theodor Dreyer.

12 de julho de 2010

Suíça nega extradição de Roman Polanski

Roman Polanski está livre. O governo da Suíça negou a extradição do cineasta pedida pelos Estados Unidos, onde ele seria julgado por crime sexual cometido há 33 anos. A decisão se baseou em tecnicidade do pedido de extradição. O anúncio foi feito hoje pela ministra da Justiça suíça, Eveline Widmer-Schlumpf.

Polanski estava detido desde setembro de 2009, quando desembarcou no aeroporto de Zurique, onde receberia homenagem do festival de cinema. Após dois meses no cárcere, o cineasta foi transferido para prisão domiciliar na residência que possui em Gstaad, estação de esqui suíça.

A Justiça norte-americana, considerando o crime não prescrito, insiste na manutenção do processo. No entanto, faz tempo que Polanski solucionou a pendência por meio de acorto extrajudicial, tendo a vítima retirado as acusações e se pronunciado, reiteradamente, pelo arquivamento do processo.

3 de julho de 2010

Era uma vez em 2 de junho de 2010

LAURENT TERZIEFF (75 anos, de problemas pulmonares), ator francês que atuou em mais de 50 filmes e foi dirigido por alguns dos grandes cineastas europeus; entre seus principais filmes estão Os Trapaceiros (Les tricheurs, 1958), de Marcel Carné, Vanina Vanini (Vanina Vanini, 1961), de Roberto Rossellini, O Estranho Caminho de São Tiago (La voie lactée, 1969), de Luis Buñuel, Medéia, a Feiticeira do Amor (Medea, 1969), de Pier Paolo Pasolini, O Deserto dos Tártaros (Il deserto dei Tartari, 1976), de Valerio Zurlini, e Detetive (Détective, 1985), de Jean-Luc Godard. Nascido Laurent Tchererzine, em 27 de junho de 1935, em Paris.