8 de janeiro de 2007

Era uma vez em 8 de janeiro de 2007

YVONNE DE CARLO (84 anos, de causas naturais), atriz norte-americana nascida no Canadá; começou em 1941 e seguiu fazendo pequenos papéis, quase sempre não-creditados, até seu 24º filme, quando foi escalada para estrelar faroeste de diretor do terceiro escalão, dos quais (gênero e escalão) jamais conseguiu se livrar; teve a sorte de aparecer em Brutalidade (1947), de Jules Dassin, e Baixeza (1949), de Robert Siodmak; suas atuações mais memoráveis foram em Os dez mandamentos (1956), como Séfora, a mulher de Moisés, e em Meu pecado foi nascer (1957), mas só experimentou a fama quando fez a vampira Lily da série de TV Os monstros (1964); nos anos 1970 passou a ser requisitada para filmes de horror, em mais de um sentido do termo; recebeu o prêmio de melhor atriz, por American Gothic (1988), no Fantafestival, de Roma, e duas estrelas na Calçada da Fama, por seu trabalho no cinema e na TV.

Curiosidade: Foi casada com o dublê Bob Morgan (1916-1999) de 1955 a 68; quando ele foi ferido gravemente, durante as filmagens de A Conquista do Oeste (1962), ela pôs a carreira em segundo plano para cuidar dele até que se recuperasse e voltasse a trabalhar. Ela não desistia nunca.
(Crédito da foto: de.easyart.com)

Era uma vez em 8 de janeiro de 2007

IRMA ÁLVAREZ (73 anos, de câncer no pulmão), atriz brasileira nascida na Argentina; no país de origem, apareceu em três filmes de 1950 a 55; no Brasil, em 1958 mergulhou na chanchada, mas logo pulou para a canoa do Cinema Novo; virou celebridade ao raspar a cabeça para O Cavalo de Oxumaré (1960), primeiro longa-metragem de Ruy Guerra, que ficou inacabado; atuou em Porto das Caixas (1962), Todas as Mulheres do Mundo (1967), Terra em Transe (1967), O Homem Nu (1968); nos anos 1960 dividiu-se entre o cinema e a TV; seu último trabalho foi em O Viajante (1999), de Paulo César Saraceni.
Curiosidade: Estrelou o faroeste tupiniquim Caingangue (1973), dirigido por seu compatriota, também radicado no Brasil, Carlos Hugo Christensen.

Era uma vez em 8 de janeiro de 2007

IWAO TAKAMOTO (81 anos, de colapso cardíaco), desenhista de animação norte-americano; começou trabalhando para Disney, em meados dos anos 1940, e em 1961 mudou-se para Hanna-Barbera; no cinema, exerceu funções diversas, na sua área, em apenas seis produções de Hanna-Barbera, entre 1966 e 2005; seu trabalho mais notável foi como co-diretor do longa-metragem A Menina e o Porquinho (1973), considerado um clássico; para a TV, embora tenha atuado mais como produtor, criou o Scooby-Doo; recebeu o prêmio especial Winsor McCay (life achievement), da Associação de Desenhistas.

Curiosidade: Durante a II Guerra Mundial, foi recolhido ao campo de internamento Manzanar, para japoneses e descendentes. Lá aprendeu a fazer ilustrações com outros internos, experiência que o qualificou para a animação. O nome Scooby-Doo ele tirou da última frase cantada por Frank Sinatra em Strangers in the Night.
(Crédito da foto: www.heraldo.es)