15 de fevereiro de 2007

Era uma vez em 14 de fevereiro de 2007

CARLOS COIMBRA (81 anos, de aneurisma da aorta), cineasta brasileiro; dirigiu 15 filmes e montou 29; escreveu o roteiro, dirigiu e montou alguns dos mais importantes filmes do ciclo do cangaço: A morte comanda o cangaço (1961), Lampião, o rei do cangaço (1964), Cangaceiros de Lampião (1967) e Corisco, o diabo loiro (1969); dirigiu de chanchada, Se meu dólar falasse (1970), a superprodução histórica, Independência ou morte (1972); fez a montagem do clássico O pagador de promessas (1962); seu último filme foi Os campeões (1982), que ele também produziu.
Curiosidade: Seus filmes não tinham outro objetivo senão contar uma boa história e agradar ao público, por isso jamais ganharam prêmios, embora A morte comanda o cangaço tenha sido selecionado para o Festival de Berlim.
(Crédito da foto: www.2001video.com.br)

Era uma vez em 12 de fevereiro de 2007

PETER ELLENSHAW (93 anos, de causa não divulgada), desenhista norte-americano; fez desenhos de cena (matte paint) para filmes entre 1935 e 1990, na maioria das vezes para produções da Disney, como A ilha do tesouro (1950), Vinte mil léguas submarinas (1954), Pollyanna (1960) e Dick Tracy (1990), mas também, eventualmente, de outros estúdios, como Quo vadis (1951) e Spartacus (1960); fez efeitos especiais visuais para 13 filmes da Disney, de 1959 a 1974, a exemplo de Mary Poppins (1964), que lhe deu um Oscar, Se meu fusca falasse (1968) e A ilha no topo do mundo (1974); dirigiu apenas um filme: A Tour of the West (1955), documentário de curta-metragem.
Curiosidade: Matte paint ou matte painting, também chamado de glass shot ou matte shot, é um truque (mais comum do que se pode pensar) do tempo em que não existia o computador; pintava-se em vidro transparente uma paisagem ou o seu complemento e filmava-se com a pintura diante da câmera, combinando-a com o cenário real para prolongar ou enriquecer o visual do que se queria mostrar; um exemplo claro disso encontra-se no filme E o vento levou, quando se vê o chão da cidade de Atlanta coberto de cadáveres e soldados feridos; a parte superior da tela, que inclui o prolongamento das casas da rua, é pintura. O truque exigia muita maestria do desenhista, que precisava fazer o desenho harmonizar-se perfeitamente com a parte real do quadro. Dessa forma, muitos filmes mostraram castelos ou cidades que nunca existiram, sem o trabalho e os custos que seriam necessários para construí-los.