ELSA MARTINELLI (1935-2017), Atriz
A atriz italiana Elsa Martinelli morreu no dia 8 de julho, em Roma, aos 82 anos.
Martinelli passou de atendente de bar a modelo e, em seguida, a atriz em poucos anos. Foi assim. Ela era ainda adolescente e, por parecer ter mais idade do que na realidade, já trabalhava num bar quando foi descoberta pelo designer de moda italiano Roberto Capucci. Como modelo, foi trabalhar em Nova York e ganhou a capa da revista Life. O ator Kirk Douglas gostou da sua beleza exótica e a contratou para o primeiro filme da sua produtora Bryna, o faroeste "A Um Paso da Morte" (The Indian Fighter, 1955), no papel de uma índia com a qual ele, Douglas, tem um romance.
Por falta de novos papéis em Hollywood, seu contrato com a Bryna foi cancelado e ela voltou para a Itália, casou-se com um conde italiano e começou a frequentar a alta sociedade romana. Então, o prestigiado produtor Carlo Ponti tomou-a sob a sua proteção e passou a orientar a carreira dela no cinema, de sorte que seus papéis fossem variados e nunca estereotipados.
Seguiu-se uma série de produções italianas, americanas e europeias, com bons papéis para ela, como "Donatella" (Idem, Itália, 1956), pelo qual ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim, "Quatro Garotas, Quatro Destinos" (Four Girls in Town, EUA, 1957), "A Clandestina" (Manuela, Reino Unido, 1957), "A Longa Noite de Loucuras" (La notte brava, Itália/França, 1959), "Rosas de Sangue" (Et mourir de plaisir, França/Itália, 1960) e "Um Amor em Roma" (Un Amore a Roma, Itália/ França/Alemanha Ocidental, 1960).
Nos anos 1960, sua carreira ainda se manteve em alta, atuando em filmes de bons diretores. Eis alguns dignos de destaque: "Hatari!" (Idem, EUA, 1962), de Howard Hawks, "O Processo" (Le procès, França/ Alemanha Ocidental/Itália, 1962), de Orson Welles, "Gente Muito Importante" (The V.I.P.s, Reino Unido, 1963), de Anthony Asquith, "Atiro Primeiro, Pergunto Depois" (Je vous salue, máfia!, França/Itália, 1965), de Raoul Lévy, "A Décima Vítima" (La decima vittima, Itália/ França, 1965), de Elio Petri, e "A Amiga" (L'amica, Itália, 1969), de Alberto Lattuada.
A partir de 1970, sua carreira entrou em declínio, tendo aparecido em apenas mais sete filmes, nenhum digno de nota.
Nasceu Elsa Tia em 30 de janeiro de 1935, em Grosseto, Itália. Era viúva do ator Willy Rizzo (1928-2013), marido do seu segundo casamento. Tinha uma filha do primeiro casamento, a atriz Cristiana Mancinelli.
(Foto: Elsa Martinelli ao lado de Kirk Douglas, no filme "A Um Passo da Morte" - Google Imagens.)
Martinelli passou de atendente de bar a modelo e, em seguida, a atriz em poucos anos. Foi assim. Ela era ainda adolescente e, por parecer ter mais idade do que na realidade, já trabalhava num bar quando foi descoberta pelo designer de moda italiano Roberto Capucci. Como modelo, foi trabalhar em Nova York e ganhou a capa da revista Life. O ator Kirk Douglas gostou da sua beleza exótica e a contratou para o primeiro filme da sua produtora Bryna, o faroeste "A Um Paso da Morte" (The Indian Fighter, 1955), no papel de uma índia com a qual ele, Douglas, tem um romance.
Por falta de novos papéis em Hollywood, seu contrato com a Bryna foi cancelado e ela voltou para a Itália, casou-se com um conde italiano e começou a frequentar a alta sociedade romana. Então, o prestigiado produtor Carlo Ponti tomou-a sob a sua proteção e passou a orientar a carreira dela no cinema, de sorte que seus papéis fossem variados e nunca estereotipados.
Seguiu-se uma série de produções italianas, americanas e europeias, com bons papéis para ela, como "Donatella" (Idem, Itália, 1956), pelo qual ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim, "Quatro Garotas, Quatro Destinos" (Four Girls in Town, EUA, 1957), "A Clandestina" (Manuela, Reino Unido, 1957), "A Longa Noite de Loucuras" (La notte brava, Itália/França, 1959), "Rosas de Sangue" (Et mourir de plaisir, França/Itália, 1960) e "Um Amor em Roma" (Un Amore a Roma, Itália/ França/Alemanha Ocidental, 1960).
Nos anos 1960, sua carreira ainda se manteve em alta, atuando em filmes de bons diretores. Eis alguns dignos de destaque: "Hatari!" (Idem, EUA, 1962), de Howard Hawks, "O Processo" (Le procès, França/ Alemanha Ocidental/Itália, 1962), de Orson Welles, "Gente Muito Importante" (The V.I.P.s, Reino Unido, 1963), de Anthony Asquith, "Atiro Primeiro, Pergunto Depois" (Je vous salue, máfia!, França/Itália, 1965), de Raoul Lévy, "A Décima Vítima" (La decima vittima, Itália/ França, 1965), de Elio Petri, e "A Amiga" (L'amica, Itália, 1969), de Alberto Lattuada.
A partir de 1970, sua carreira entrou em declínio, tendo aparecido em apenas mais sete filmes, nenhum digno de nota.
Nasceu Elsa Tia em 30 de janeiro de 1935, em Grosseto, Itália. Era viúva do ator Willy Rizzo (1928-2013), marido do seu segundo casamento. Tinha uma filha do primeiro casamento, a atriz Cristiana Mancinelli.
(Foto: Elsa Martinelli ao lado de Kirk Douglas, no filme "A Um Passo da Morte" - Google Imagens.)