'O Estranho que Nós Amamos' (2017), de Sofia Coppola
Não me lembro de ter visto algum filme que tenha sido refilmagem que me agradasse. Agora, a minha decepção foi com "O Estranho que Nós Amamos", de Sofia Coppola. O filme original, de 1971, com Clint Eastwood, é muito bom. Ele faz um soldado ferido, durante a Guerra da Secessão, que vai parar num colégio de mulheres. Há suspense, romance, intriga, maquiavelismo. O filme é forte dramaticamente, com ações subentendidas e muito ranger de dentes. A versão da Sra. Coppola excluiu tudo que a história tinha de interessante. Além do mais, Colin Farrell é um bom ator mas não se compara a Clint Eastwood. Depois, o que era subentendido, ou dito com rancor e mágoa, virou gritaria. Teria sido melhor se a Sra. Coppola tivesse contado outra história, em vez de fazer um filme tão desenxabido, na comparação com o original. Se aquilo é exemplo de filme feito por mulher, então é melhor Hollywood continuar priorizando diretores do sexo masculino. Diretoras mulheres, só as competentes como Kathryn Bigelow, que fez "Guerra ao Terror", premiado com o Oscar, e "Detroit", que está vindo por aí.