10 de janeiro de 2007

Era uma vez em 10 de janeiro de 2007

CARLO PONTI (94 anos, de problemas pulmonares), um dos mais importantes produtores italianos; iniciou a atividade em 1941; criou a produtora Carlo Ponti Cinematográfica, responsável por 15 filmes de 1950 a 73; ao mesmo tempo, aliou-se a Dino De Laurentiis, criando a Ponti-De Laurentiis, que produziu 19 filmes entre 1950 e 56; foi o produtor de filmes marcantes como Duas mulheres (1960), de Vittorio De Sica, Uma mulher é uma mulher (1961), Tempo de guerra (1963) e O desprezo (1963), de Jean-Luc Godard, Blow up (1966) e Profissão: repórter (1975), de Michelangelo Antonioni, Feios, sujos e malvados (1976) e Um dia muito especial (1977), de Ettore Scola; recebeu o Prêmio do Sindicato Nacional dos Jornalistas Cinematográficos Italianos, por A estrada da vida (1954), de Federico Fellini, o Prêmio David di Donatello, o mais importante de seu país, por Ontem, hoje e amanhã (1963) e Casamento à italiana (1964), de De Sica, e Doutor Jivago (1965), de David Lean, e um prêmio honorário (life achievement) do Festival Internacional do Filme de Milão, em 2000, ano de sua primeira edição.

Curiosidade: Conta-se que Ponti conheceu Sophia Loren quando ela, com 15 anos, participava de um concurso de miss e ele era membro do júri; não demorou muito para se apaixonarem, mas ele era casado e na Itália o divórcio não era permitido; a solução encontrada foi providenciar o divórcio, através de procuração, no México, onde se casaram em seguida, pelo mesmo expediente; quando o casamento foi descoberto na Itália, ele foi processado por bigamia e ela, por concubinato; a saída foi o exílio, nos EUA; mas o imbróglio só se desfez quando ele, a esposa e Sophia conseguiram a cidadania francesa; em 1962, após o divórcio, eles puderam, enfim, selar a união de modo inquestionável.
(Crédito da foto: www.repubblica.it/ansa)