31 de março de 2018

LUIGI DE FILIPPO (1930-2018), Ator


O ator italiano Luigi De Filippo morreu no dia 31 de março, em Roma, aos 87 anos.

De Filippo atuou em 26 filmes, dos quais apenas oito são conhecidos no Brasil: "Filomena, Qual É o Meu?" (Filumena Marturano, 1951), "Corações em Chamas" (Lazzarella, 1957), "Ana de Brooklyn" (Anna di Brooklyn, 1958), "Policarpo" (Policarpo 'ufficiale di scrittura', 1959), "A Casa Intolerante" (Arrangiatevi, 1959), "Quatro Dias de Rebelião" (Le quattro giornate di Napoli, 1962), "Lua de Mel à Italiana" (Viaggio di nozze all'italiana, 1966) e "A Mulher que Inventou o Rebolado" (Ninì Tirabusciò, la donna che inventò la mossa, 1970).

Luigi De Filippo nasceu em 10 de agosto de 1930, em Nápoles, Itália. Era também dramaturgo e diretor teatral. Deixou viúva a mulher do seu terceiro casamento. Tinha um filho do segundo casamento. Era filho do ator Peppino De Filippo (1903-1980), sobrinho do ator Eduardo De Filippo (1900-1984) e primo do ator Luca De Filippo (1948-2015).

(Foto: Google Imagens.)

DEBBIE LEE CARRINGTON (1959-2018), Atriz e Dublê


A atriz e dublê americana Debbie Lee Carrington morreu no dai 23 de março, enquanto dormia, aos 58 anos. A causa da morte não foi divulgada.

Carrington estreou no cinema como atriz, em 1981, e poucos anos depois passou a atuar também como dublê. Como atriz, apareceu em 26 filmes, dentre os quais se destacam "O Retorno de Jedi" (Star Wars: Episode VI - Return of the Jedi, 1983), "O Vingador do Futuro" (Total Recall, 1990), "Batman - O Retorno" (Batman Returns, 1992), no qual atuou também como dublê, "MIB - Homens de Preto" (Men in Black, 1997) e "O Expresso Polar" (The Polar Express, 2004).

Sua filmografia como dublê conta mais de 20 filmes, entre os quais estão também "O Anjo Malvado" (The Good Son, 1993), "Debi & Lóide - Dois Idiotas em Apuros" (Dumb and Dumber, 1994), "As Estrelas de Henrietta" (The Stars Fell on Henrietta, 1995), "Titanic" (Idem, 1997) e "Invasores" (The Invasion, 2007).

Deborah Lee Carrington nasceu em 14 de dezembro de 1959, em San José, Califórnia. Tinha 1,17 m de altura.

(Foto: Google Imagens.)

27 de março de 2018

STÉPHANE AUDRAN (1932-2018), Atriz


A atriz francesa Stéphane Audran morreu na madrugada de 27 de março, aos 85 anos.

Audran tinha um estilo próprio de atuar, sem emoção. Ela considerava que tinha aprendido o ofício com o diretor Claude Chabrol, com quem trabalhou ainda no começo da carreira. Ele se casou com ela e a dirigiu em 25 filmes, dentre os quais se destacam "Os Primos" (Les cousins, 1959), "Entre Amigas" (Les bonnes femmes, 1960), "O Olho do Mal" (L'oeil du malin, 1962), "As Corças" (Les biches, 1968), pelo qual ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim, na Alemanha, "O Açougueiro" (Le boucher, 1970), prêmio de melhor atriz no Festival de San Sebastián, na Espanha, "Trágica Separação" (La rupture, 1970) e "Violette" (Violette Nozière, 1978), prêmio César, o mais importante do cinema francês, de melhor atriz coadjuvante.

Ela foi requisitada também por cineastas de outros países. Sua filmografia conta mais de 80 filmes, entre os quais estão também "O Signo do Leão" (Le signe du lion, 1962), "O Discreto Charme da Burguesia" (Le charme discret de la bourgeoisie, 1972), "Vicente, Francisco, Paulo e os Outros" (Vincent, François, Paul... et les autres, 1974), "A Morte de um Corrupto" (Mort d'un pourri, 1977), "Agonia e Glória" (The Big Red One, 1980), "A Lei de Quem Tem o Poder" (Coup de torchon, 1981) e "A Festa de Babette" (Babettes gaestebud, 1987), que lhe rendeu vários prêmios de melhor atriz, inclusive o do Sindicato Nacional Italiano de Jornalistas de Cinema.

Ela recebeu do governo francês os títulos de Officiel de l'Ordre National du Mérite e Chevalier de la Legión d'Honner.

Nasceu Colette Suzanne Dacheville em 8 de novembro de 1932, em Versalhes. Foi casada com o ator Jean-Louis Trintignant, de 1954 a 1956, e com o diretor Claude Chabrol (1930-2010), de 1964 a 1980, com quem teve um filho, o ator Thomas Chabrol, nascido antes do casamento.

(Foto: Google Imagens.)

DELORES TAYLOR (1932-2018), Atriz


A atriz americana Delores Taylor morreu no dia 23 de março, aos 85 anos.

A carreira de Taylor no cinema se restringiu, quase exclusivamente, aos cinco filmes independentes com o personagem Billy Jack, nos quais foi parceira de seu marido, o ator, roteirista e diretor Tom Laughlin, inclusive participando também, às vezes, como roteirista e produtora. Como roteirista, ela usou o pseudônimo Teresa Christina.

Os filmes da franquia Billy Jack são "Nascidos para Perder" (The Born Losers, 1967), "Billy Jack" (Idem, 1971), "O Julgamento de Billy Jack" (The Trial of Billy Jack, 1974), "Billy Jack Goes to Washington" (Sem título no Brasil, 1977) e "The Return of Billy Jack" (Sem título no Brasil, 1986).

Delores Taylor nasceu em 27 de setembro de 1932, em Winner, Dakota do Sul. Tinha três filhos com Tom Laughlin (1931-2013). Era mãe da atriz e designer de moda Teresa Kelly e da roteirista e produtora de documentários Christina Laughlin.

(Foto: Google Imagens.)

22 de março de 2018

LOUISE LATHAM (1922-2018), Atriz



A atriz característica americana Louise Latham morreu em Casa Dorinda, Califórnia, no dia 12 de fevereiro, mas sua morte só foi divulgada hoje. Tinha 95 anos.

Latham já tinha uma carreira consolidada no teatro quando estreou no cinema como a atormentada mãe de Marnie em "Marnie - Confissões de uma Ladra" (Marnie, 1964), de Alfred Hitchcock.

Ela teve uma carreira prolífera na TV, tendo trabalhado no cinema esporadicamente. Sua filmografia conta apenas 12 filmes, entre os quais estão também "O Último Tiro" (Firecreek, 1968), "Louca Escapada" (Sugarland Express, 1974), "Crise de Consciência" (Mass Appeal, 1984), "Paraíso" (Paradise, 1991) e "Barreiras do Amor" (Love Field, 1992).

Johnie Louise Latham nasceu em 23 de setembro de 1922, em Hamilton, Texas. Era divorciada do produtor de TV Paul R. Picard (1930-1994).

(Foto: Google Imagens.)

9 de março de 2018

O Filme 'O Rio das Almas Perdidas' Dignifica a Mulher


No Dia Internacional da Mulher, vi um filme antigo que a dignifica. Trata-se de "O Rio das Almas Perdidas" (River of No Return, 1954), faroeste com Robert Mitchum e Marilyn Monroe. Eu não podia deixar de atentar para dois aspectos da visão hollywoodiana sobre o papel da mulher: a relação homem/mulher e a participação dela no andamento da história. Marilyn é uma cantorazinha de saloon que sabe que não tem muito valor. Mitchum é um fazendeiro viúvo e recém-saído da prisão, condenado por ter cometido assassinato para defender um amigo. Pelas circunstâncias em que se encontram, eles são obrigados a fugir numa jangada, navegando em rio cheio de corredeiras, conhecido como um rio sem possibilidade de retorno. Com ambos, segue o filho pequeno de Mitchum.
Os riscos que enfrentam na navegação os obrigam a se ajudarem mutuamente. A carga de esforço físico, a falta de comida e o frio, somados ao estresse da situação, fazem com que Marilyn tenha um colapso - admissível para uma mulher que nunca passara por dificuldades similares. O colapso dela serve também de pretexto para a aproximação física dos dois, já que, para reanimá-la, ele faz uma vigorosa massagem corporal nela. A partir da massagem, ela começa a depositar olhares lânguidos sobre ele, o que ameniza a cena de conteúdo machista que logo virá. Diante de um diálogo em que ela o provoca com malícia, ele tenta beijá-la à força, ela reage e eles têm uma luta sensual, rolando pelo chão, até que ele a subjuga e ela aceita ser beijada.
Na sequência, Marilyn se fortalece e nada fica a dever a Mitchum na condução da jangada pelas águas revoltas. Num momento em que Mitchum cai na água, ela assume o leme da jangada, realizando as manobras com vigor e habilidade, e todos se salvam no final. E a mulher é resgatada pelo amor, formando uma família com o companheiro de aventura.
É reconfortante notar que, em um filme de mais de 60 anos, Hollywood tratou a mulher como capaz de agir em pé de igualdade com o homem. Mas isto não acontecia em todos os filmes. Em filmes de aventura, muitas vezes, a mulher servia de atrapalho para as ações do herói, que tinha de se livrar dos perigos e ainda salvar a mulher. Uma maneira óbvia de explorar a fragilidade feminina para criar suspense, coisa que perdurou ainda por um bom tempo no cinema.
Por volta de 1970, em Piracanjuba, Goiás, ao sair do cinema após ver um filme em que a mocinha só atrapalhou as ações do mocinho, ouvi alguém fazer um comentário machista que me envergonha até hoje. Vou tentar reproduzi-lo com as palavras que ouvi: "Trem que põe mulher no meio não presta. Bom é pôr no meio da mulher". Nenhuma mulher merece tamanha grosseria.

(Foto: Google Imagens.)

5 de março de 2018

Oscar 2018: A Lista dos Vencedores


A 90ª cerimônia de entrega dos Oscars, prêmios da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, aconteceu na noite de 4 para 5 de março, em Los Angeles. O filme "A Forma da Água" saiu-se vencedor de quatro estatuetas, incluindo as de melhor filme e melhor diretor. Gary Oldman, quando subiu ao palco para receber o troféu de melhor ator, foi aplaudido de pé, em reconhecimento por sua atuação memorável no papel de Winston Churchill. Warren Beatty e Faye Donaway, que apresentaram o prêmio de melhor filme em 2017 e foram vítimas de trapalhada, anunciando o filme "La La Land - Cantando Estações" em vez de "Sob a Luz do Luar", o verdadeiro vencedor, apresentaram outra vez o mesmo prêmio e foram aplaudidos de pé. Rita Moreno, Eva Marie Saint e Chirstopher Walken, veteranos ganhadores do Oscar de melhor atriz ou ator coadjuvante, também apresentaram prêmios.

A seguir, a relação dos premiados na categoria longa-metragem:

1 - Melhor Filme: "A Forma da Água" (The Shape of Water, EUA/ Canadá, 2017)

2 - Melhor Diretor: Guillermo del Toro, por "A Forma da Água"

3 - Melhor Ator: Gary Oldman, por "O Destino de uma Nação" (Darkest Hour, EUA/Reino Unido, 2017), de Joe Wright

4 - Melhor Atriz: Frances McDormand, por "Três Anúncios para um Crime" (Three Billboards Outside Ebbing, Missouri, Reino Unido/EUA, 2017), de Martin McDonagh

5 - Melhor Ator Coadjuvante: Sam Rockwell, por "Três Anúncios para um Crime"

6 - Melhor Atriz Coadjuvante: Allison Janney, por "Eu, Tonya" (I, Tonya, EUA, 2017), de Craig Gillespie

7 - Melhor Roteiro Original: Jordan Peele, por "Corra!" (Get Out, Japão/ EUA, 2017), de Jordan Peele

8 - Melhor Roteiro Adaptado: James Ivory, por "Me Chame pelo Seu Nome" (Call Me by Your Name, Itália/França/Brasil/EUA, 2017), de Luca Guadagnino

9 - Melhor Filme em Língua Estrangeira: "Uma Mulher Fantástica" (Una Mujer Fantástica, Chile/Alemanha/Espanha/EUA, 2017), de Sebastián Lelio

10 - Melhor Design de Produção: Paul D. Austerberry, Shane Vieau e Jeffrey A. Melvin, por "A Forma da Água"

11 - Melhor Fotografia: Roger Deakins, por "Blade Runner 2049" (Idem, EUA/Reino Unido/Hungria/Canadá, 2017), de Denis Villeneuve

12 - Melhor Figurino: Mark Bridges, por "Trama Fantasma" (Phantom Thread, EUA, 2017), de Paul Thomas Anderson

13 - Melhor Trilha Musical: Alexandre Desplat, por "A Forma da Água"

14 - Melhor Canção Original: Kristen Anderson-Lopez e Robert Lopez, por "Remember Me" - do filme "Viva - A Vida É uma Festa" (Coco, EUA, 2017), de Lee Unkrich e Adrian Molina

15 - Melhor Edição: Lee Smith, por "Dunkirk" (Idem, ReinoUnido/ Holanda/França/EUA, 2017), de Christopher Nolan

16 - Melhor Maquiagem e Estilo de Cabelo: Kazuhiro Tsuji, David Malinowski e Lucy Sibbick, por "O Destino de uma Nação"

17 - Melhor Edição de Som: Richard King e Alex Gibson, por "Dunkirk"

18 - Melhor Mixagem de Som: Gregg Landaker, Gary Rizzo e Mark Weingarten, por "Dunkirk"

19 - Melhor Filme de Animação: "Viva - A Vida É uma Festa"

20 - Melhor Documentário: "Ícaro" (Icarus, EUA, 2017), de Bryan Fogel

21 - Melhores Efeitos Visuais: John Nelson, Gerd Nefzer, Paul Lambert e Richard R. Hoover, por "Blade Runner 2049".

4 de março de 2018

TÔNIA CARRERO (1922-2018), Atriz


A atriz brasileira Tônia Carrero morreu no dia 3 de março, no Rio de Janeiro, aos 95 anos.

Uma das mais belas e talentosas atrizes dos palcos brasileiros, Tônia brilhou também no cinema e na TV durante décadas. Atuou em 12 filmes entre 1947 e 1969, passando, daí em diante, a ter mais presença na TV que no cinema, participando de outros seis filmes apenas.

Após aparecer em três filmes, ela se tornou uma das estrelas da Vera Cruz, estúdio criado em 1949, em São Paulo, pelo industrial italiano Franco Zampari, que tentou reproduzir o modelo hollywoodiano mas a realidade adversa condenou o experimento a uma vida breve. Tônia só pôde estrelar três produções do estúdio: "Tico-Tico no Fubá" (1952), de Adolfo Celi, "Appassionata" (1952), de Fernando de Barros, e "É Proibido Beijar" (1954), de Ugo Lombardi.

Tônia foi requisitada inclusive para coproduções internacionais: "Alias Gardelito" (Sem título no Brasil, Argentina, 1961), de Lautaro Murúa, "Sócio de Alcova" (Argentina/Brasil/EUA/Espanha, 1962), de George Cahan, "Copacabana Palace" (Itália/França/Brasil, 1962), de Steno, e "A Bela Palomera" (Espanha/Brasil, 1988), de Ruy Guerra.

Outros filmes da filmografia de Tônia dignos de nota são "Mãos Sangrentas" (1955) e "Esse Rio que Eu Amo" (1962), ambos de Carlos Hugo Christensen, "Tempo de Violência" (1969), de Hugo Kusnet, "Fogo e Paixão" (1988), de Marcio Kogan e Isay Weinfeld, e "Chega de Saudade" (2007), de Laís Bodanzky, pelo qual ganhou o prêmio de melhor atriz coadjuvante, em companhia de seis outras atrizes do elenco, no Festival de Cartagena, na Colômbia.

Quando foi condecorada pelo governo brasileiro, Tônia já havia recebido do governo da França a comenda Chevalier de l'Ordre des Arts et Lettres.

Nasceu Maria Antonietta Farias Portocarrero em 23 de agosto de 1922, no Rio de Janeiro. Com o primeiro marido, o artista plástico, ator e diretor Carlos Thiré (1927-1963), teve seu único filho, o ator e diretor Cecil Thiré. Seu segundo marido foi o diretor e ator italiano Adolfo Celi (1922-1986), por quem se apaixonou durante as filmagens de "Tico-Tico no Fubá". Era avó dos atores Miguel Thiré e Carlos Thiré e da atriz Luisa Thiré, e bisavó do ator Vitor Thiré.

(Foto: Google Imagens.)

DAVID ODGEN STIERS (1942-2018), Ator


O ator e músico americano David Odgen Stiers morreu no dia 3 de março, em Newport, Oregon, de câncer na bexiga. Tinha 75 anos.

Odgen Stiers encarou todo tipo de trabalho que um ator pode realizar, atuando no teatro, no cinema e na TV, que o tornou mais conhecido pelo público. Com talento especial para o uso da voz, dublou personagens de filmes de animação, incluindo vários produzidos pela Disney.

Ele apareceu em cinco filmes dirigidos por Woody Allen: "A Outra" (Another Woman, 1988), "Neblina e Sombras" (Shadows and Fog, 1991), "Poderosa Afrodite" (Mighty Aphrodite, 1995), "Todos Dizem Eu Te Amo" (Everyone Says I Love You, 1996) e "O Escorpião de Jade" (The Curse of the Jade Scorpion, 2001).

Sua filmografia conta 27 filmes, entre os quais estão também "Alguém Lá em Cima Gosta de Mim" (Oh, God!, 1977), "Um Passe de Mágica" (Magic, 1978), "Minha Vida É um Desastre" (Better Off Dead..., 1985), "O Turista Acidental" (The Accidental Tourist, 1988) e "Cine Majestic" (The Majestic, 2001).

David Allen Odgen Stiers nasceu em 31 de outubro de 1942, em Peoria, Illinois. Era maestro da Orquestra Sinfônica de Newport.

(Foto: Google Imagens.)