18 de junho de 2009

Dez filmes subestimados: 3 - Anjos da Broadway

Dando continuidade à postagem dos comentários sobre dez filmes subestimados, eis mais um filme. O texto integral foi publicado pelo semanário Jornal Opção de 10 a 16 de maio de 2009 e pelo saite Revista Bula.

3 - Anjos da Broadway (Angels Over Broadway, 1940), de Ben Hecht e Lee Garmes – Numa noite chuvosa, os destinos de quatro personagens se cruzam: um vigarista matando cachorro a grito (Douglas Fairbanks Jr.), uma garota de programa (Rita Hayworth), um dramaturgo fracassado e um funcionário que cometeu desfalque decidido a se suicidar. Juntos, embarcam numa arriscada aventura para salvar o suicida.

O dramaturgo bola um golpe contra uma gangue de mafiosos, em que todos terão um papel a desempenhar, como no teatro. O mais difícil é o do suicida, que precisa passar por milionário para ludibriar os gângsteres e aplicar o golpe. Ironicamente, ele é um amador enfrentando profissionais.

No final, quando o tempo fecha, os pobres diabos superam a má índole e revelam sua face humana. A capa da velhacaria encobria anjos.

Também roteirista, e um dos mais brilhantes de Hollywood, Ben Hecht deu ao dramaturgo falas memoráveis, que vão do mais agudo cinismo (“A dor de ontem é a piada de amanhã”) à mais desesperada declaração de amor (“O único lugar quente em que estive foi no seu coração”).
(Foto: http://www.americanas.com.br/)

Era uma vez em 17 de junho de 2009

ALEJANDRO DORIA (72 anos, de pneumonia), diretor e roteirista argentino que realizou uma dúzia de filmes, dentre os quais A Ilha (La isla, 1979), que recebeu menção especial no Festival de Montreal, Esperando a Carroça (Esperando la carroza, 1985) e As Mãos (Las manos, 2006), premiado no Festival do Cinema Latino-Americano de Huelva, Espanha, e no Festival de Cartagena, Colômbia, e que ganhou também o Goya, o mais importante prêmio do cinema espanhol, de melhor filme estrangeiro em língua hispânica. Nasceu em 1º de novembro de 1936, em Buenos Aires.