7 de fevereiro de 2007

Novos filmes em velho technicolor

Velhos filmes em technicolor já podem ser restaurados e gerar cópias mais nítidas e realistas do que as originais. O que tornou isto possível é o processo digital de restauração chamado Ultra Resolution, inventado pelas irmãs norte-americanas Karen Perlmutter e Sharon Perlmutter, que alinha com precisão as imagens de cada fotograma dos três negativos originais.
Como se sabe, o sistema technicolor que vigorou entre 1932 e 1954 era bastante complicado. Requeria o uso de câmera especial, que filmava com três fitas. Grosso modo, cada fita captava uma das cores básicas, advindas dos filtros correspondentes: vermelho, verde e azul. O problema decorrente é que a ação do tempo deforma, diferentemente, cada suporte de celulóide e dificulta o ajustamento dos fotogramas, o que é necessário para se tirar cópias em que os quadros saiam exatos. Agora, graças ao Ultra Resolution, o problema foi resolvido.
O primeiro filme de longa-metragem, nesse sistema, foi Vaidade e beleza (Becky Sharp, 1935) e o último, Sangue mestiço (Firefox, 1955).

(Na foto, Karen Perlmutter. Crédito: www.emeconline.com)