STÉPHANE AUDRAN (1932-2018), Atriz
A atriz francesa Stéphane Audran morreu na madrugada de 27 de março, aos 85 anos.
Audran tinha um estilo próprio de atuar, sem emoção. Ela considerava que tinha aprendido o ofício com o diretor Claude Chabrol, com quem trabalhou ainda no começo da carreira. Ele se casou com ela e a dirigiu em 25 filmes, dentre os quais se destacam "Os Primos" (Les cousins, 1959), "Entre Amigas" (Les bonnes femmes, 1960), "O Olho do Mal" (L'oeil du malin, 1962), "As Corças" (Les biches, 1968), pelo qual ganhou o prêmio de melhor atriz no Festival de Berlim, na Alemanha, "O Açougueiro" (Le boucher, 1970), prêmio de melhor atriz no Festival de San Sebastián, na Espanha, "Trágica Separação" (La rupture, 1970) e "Violette" (Violette Nozière, 1978), prêmio César, o mais importante do cinema francês, de melhor atriz coadjuvante.
Ela foi requisitada também por cineastas de outros países. Sua filmografia conta mais de 80 filmes, entre os quais estão também "O Signo do Leão" (Le signe du lion, 1962), "O Discreto Charme da Burguesia" (Le charme discret de la bourgeoisie, 1972), "Vicente, Francisco, Paulo e os Outros" (Vincent, François, Paul... et les autres, 1974), "A Morte de um Corrupto" (Mort d'un pourri, 1977), "Agonia e Glória" (The Big Red One, 1980), "A Lei de Quem Tem o Poder" (Coup de torchon, 1981) e "A Festa de Babette" (Babettes gaestebud, 1987), que lhe rendeu vários prêmios de melhor atriz, inclusive o do Sindicato Nacional Italiano de Jornalistas de Cinema.
Ela recebeu do governo francês os títulos de Officiel de l'Ordre National du Mérite e Chevalier de la Legión d'Honner.
Nasceu Colette Suzanne Dacheville em 8 de novembro de 1932, em Versalhes. Foi casada com o ator Jean-Louis Trintignant, de 1954 a 1956, e com o diretor Claude Chabrol (1930-2010), de 1964 a 1980, com quem teve um filho, o ator Thomas Chabrol, nascido antes do casamento.
(Foto: Google Imagens.)