27 de julho de 2009

Era uma vez em 26 de julho de 2009

MARIA SÍLVIA (65 anos, de câncer de pulmão), atriz brasileira de grande talento, trabalhou com cineastas como Arnaldo Jabor, Carlos Diegues, Paulo César Sarraceni, Ruy Guerra e Walter Lima Jr.; atuou em mais de 30 filmes, dentre os quais Tudo Bem (1978), O Mágico e o Delegado (1983), que lhe deu o primeiro prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de Brasília, Noites do Sertão (1984), que lhe deu o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de Gramado, Minas-Texas (1989), que lhe valeu outro prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de Brasília, e Como Nascem os Anjos (1996), que lhe garantiu o terceiro e último prêmio de melhor atriz coadjuvante no Festival de Brasília. Nasceu em 16 de fevereiro de 1944, em São Paulo.

Dez filmes subestimados: 8 - O Homem que Odiava as Mulheres

Outro comentário do texto sobre dez filmes subestimados, publicado na íntegra pelo Jornal Opção de 10 a 16 de maio de 2009 e pelo saite Revista Bula.


8 - O Homem que Odiava as Mulheres (The Boston Strangler, 1968), de Richard Fleischer – Filme que desfez duas crenças: que Hollywood não admitia experimentos, e que Tony Curtis era apenas um galã. Ele apresentou uma interpretação magistral, na pele de um assassino serial de mulheres, e a história agasalhou experimentações bastante ousadas.

Até a metade do filme, vê-se, de um lado, uma sucessão de crimes brutais e, de outro, a investigação policial. Com base em premissa equivocada, são investigados indivíduos cujas condutas extravagantes se mostram escancaradamente suspeitas. Mas o assassino, ao contrário, aparenta ser o homem mais equilibrado do mundo.

Não se faz alusão à sua vida pregressa, nem se erige teoria sobre a motivação dos crimes. O objeto em questão é a alma do assassino, o qual concilia uma vida de pai de família afetuoso e trabalhador com uma carreira de crimes atrozes.

Frequentemente a tela se divide em múltiplos quadros, para mostrar tanto a mesma cena de outro ângulo, ao estilo cubista, como cenas simultâneas em espaços diversos. E, no clímax, quando se expõe a fratura na alma do assassino, há um close-up de Tony Curtis que dura quatro minutos – um possível recorde do cinema mundial.

Talvez o filme mais experimental de Hollywood nos anos 1960, década em que o mundo experimentou de tudo um pouco.

Era uma vez em 26 de julho de 2009

SÉRGIO VIOTTI (82 anos, de parada cardiorrespiratória), ator e dramaturgo brasileiro, que apareceu em apenas três filmes: Um Ramo para Luíza (1965), 22-2000 Cidade Aberta (1965) e Sábado (1995).
(Foto: http://www.museudatv.com.br/)

Dados biográficos: Sérgio Luiz Viotti nasceu em 14 de março de 1927, em São Paulo. Viveu em Londres de 1949 a 1958, época em que produziu programas radiofônicos para a BBC. Estava hospitalizado desde 19 de abril, em consequência de uma parada cardíaca.

Era uma vez em 24 de julho de 2009

HARRY TOWB (83 anos, de câncer), ator britânico mais dedicado à TV que ao cinema; atuou em mais de 30 filmes, a exemplo de O Monstro de Londres (The Sleeping Tiger, 1954), Ouro Maldito (A Prize of Gold, 1955), Crepúsculo das Águias (The Blue Max, 1966) e A Garota de Petrovka (The Girl from Petrovka, 1974). Nasceu em 27 de julho de 1925, em Larne, Irlanda; deixou viúva a atriz Diana Hoddinott, com quem teve três filhos.