1 de fevereiro de 2010

Cinédia prepara lançamento de sete filmes de seu acervo restaurados

A lendária produtora carioca Cinédia promete pôr em circulação, em breve, sete filmes clássicos de seu acervo que estão sendo restaurados. Hernani Heffner, chefe do departamento de conservação do Museu de Arte Moderna, do Rio de Janeiro, e há 24 anos atuando na Cinédia, supervisiona os trabalhos de restauração, que já duram três anos.

Programa-se a exibição dos filmes, em março, no Unibanco Arteplex e no Instituto Moreira Salles, ambos no Rio de Janeiro. E, depois, em cerca de 20 festivais de cinema, inclusive o de Brasília.

A Cinédia, criada em 1930 por Adhemar Gonzaga, é hoje conduzida por Alice Gonzaga, sua filha.

A seguir, a lista dos filmes:
1 - Bonequinha de Seda (1936), de Oduvaldo Vianna. Primeira superprodução nacional, que custou a fortuna de 350 contos de réis e foi o maior sucesso de bilheteria da Cinédia nos anos 1930. Introduziu novidades técnicas como o uso da grua e a tomada de cenas de carro feitas em estúdio mas simulando o trânsito na rua.

2 - Berlim na Batucada (1944), de Luiz de Barros. Paródia sobre a passagem de Orson Welles pelo Brasil, ocorrida dois anos antes. No elenco, as presenças musicais de Francisco Alves e do Trio de Ouro (Herivelto Martins, Dalva de Oliveira e Nilo Chagas).

3 - Obrigado, Doutor (1948), de Moacyr Fenelon. Adaptação de popular novela da Rádio Nacional, que demandou a construção de vagão de trem especialmente para as filmagens.

4 - Poeira de Estrelas (1948), de Moacyr Fenelon. Comédia musical sobre o relacionamento entre duas moças separadas pelo destino. A partir de uma delas, faz-se um longo flashback da relação supostamente de trabalho das duas.

5 - O Dominó Negro (1949), de Moacyr Fenelon. Primeiro filme brasileiro do gênero policial, com mistério e assassinato durante o Carnaval. Foi também a primeira abordagem explícita do tráfico de drogas.

6 - Estou Aí? (1950), de Cajado Filho. Comédia musical carnavalesca que lançou Emilinha Borba como atriz. Apresenta três versões da clássica marchinha "Chiquita Bacana".

7 - A Inconveniência de Ser Esposa (1950), de Samuel Markenzon. Adaptação de peça teatral do dramaturgo Silveira Sampaio, em uma tentativa de efetivar o cine-teatro, com valores trazidos do palco.
(Fonte da notícia: CorreioWeb)

Kathryn Bigelow vence o duelo com James Cameron na premiação do sindicato de diretores

Kathryn Bigelow, diretora do filme Guerra ao Terror (The Hurt Locker, 2009), ganhou o prêmio de melhor diretora da Directors Guild of America (DGA), o sindicato dos diretores de Hollywood. É a primeira vez que uma mulher conquista esse galardão. E sua vitória foi, sobretudo, contra seu ex-marido James Cameron, diretor de Avatar (Avatar, 2009). Mas não apenas contra ele. Na disputa estavam também pesos-pesados como Quentin Tarantino, por Bastardos inglórios (Inglourious Basterds, 2009), Jason Reitman, por Amor sem Escalas (Up in the Air, 2009), e Lee Daniels, por Preciosa - Uma História de Esperança (Precious: Based on the Novel Push by Sapphire, 2009).
O melhor diretor de documentário, segundo o DGA, foi Louie Psihoyos, por The Cove - A Baía da Vergonha (The Cove, 2009).
Agora a corrida pelo Oscar da categoria ficou mais emocionante. Nos últimos dez anos, apenas duas vezes (em 2001 e 2003) o ganhador do Oscar não havia obtido o prêmio do sindicato. Será uma luta do tipo David vs. Golias. A Academia, entre um supercampeão de dois bilhões de dólares e um fiasco de bilheteria, vai preferir o segundo?
Em 2001, o Oscar de melhor filme foi para Gladiador (Gladiator, 2000), de Ridley Scott, e o de melhor diretor para Steven Soderbergh, por Traffic (Traffic, 2000). Em 2003, Chicago (Chicago, 2002), de Rob Marshall, foi eleito o melhor filme, mas foi Roman Polanski que levou a estatueta de melhor diretor, por O Pianista (The Pianist, 2002).