UMBERTO LENZI (1931-2017), Diretor, Roteirista
O cineasta italiano Umberto Lenzi morreu no dia 19 de outubro, em Roma, aos 86 anos.
Lenzi começou como diretor no final dos anos 1950 e realizou mais de 60 filmes, muitos dos quais com sua participação no roteiro. Apenas a metade de seus filmes teve lançamento no Brasil. Muitas vezes precisou trabalhar com orçamentos reduzidos, o que fez dele "um dos mais criativos cineastas italianos", cultuado por gente como o diretor americano Quentin Tarantino.
Seus filmes apresentam certas curiosidades, como a eventual recorrência, de sua parte, a pseudônimos americanos, e o uso de pelo menos um ator estrangeiro, frequentemente atores americanos muito conhecidos.
Ao longo da sua carreira, ele experimentou os mais diversos gêneros, daí ser interessante separar seus filmes por gênero, a começar pelos filmes de aventura com heróis musculosos de que o cinema italiano era pródigo nos anos 1960: "Sansão e a Rainha Escrava" (Zorro contro Maciste, 1963), "Sandokan, o Grande" (Sandokan, la tigre di Mompacem, 1963) e "O Homem Mais Forte do Mundo" (L'ultimo gladiatore, 1964).
Ele fez também três spaghetti westerns, gênero que dominou o cinema italiano, notadamente na segunda metade dos anos 1960: "O Invencível Cavaleiro Mascarado" (L'invincibile cavalieri mascherato, 1963), "A Outra Face da Coragem" (Tutto per tutto, 1968) e "Uma Pistola para 100 Sepulturas" (Una pistola per cento bare, 1968).
Ele se ocupou também com filmes de guerra. Exemplos: "Patrulha Suicida" (Attentato ai tre grandi, 1967), "A Grande Batalha" (Il grande attaco, 1978) e "Do Inferno à Vitória" (From Hell to Victory, 1979).
Uma parte considerável de sua filmografia foi dedicada a filmes de ação. Eis alguns exemplos: "Roma Armada" (Roma a mano armata, 1976), "O Império do Crime" (Napoli violenta, 1976) e "O Cínico, o Infame, o Violento" (Il cinico, l'infame, il violento, 1977).
Lenzi se interessou também por um gênero essencialmente italiano, chamado de "giallo", palavra que se traduz em português por "amarelo". O termo "giallo" teve origem em certo gênero literário popular, a partir de 1929, cujos livros eram impressos em papel amarelo. Basicamente, esse gênero cinematográfico apresenta três ingredientes: suspense, violência e erotismo. Lenzi dirigiu alguns exemplares estimados como "O Louco Desejo" (Orgasmo, 1969), "Tão Doce Quanto Perversa" (Così dolce... così perversa, 1969), "Os Ambiciosos Insaciáveis" (Paranoia, 1970) e "Sete Orquídeas Manchadas de Sangue" (Sette orchidee macchiate di rosso, 1972).
A partir dos anos 1980, ele passou a se dedicar mais aos filmes de terror.
Umberto Lenzi nasceu em 6 de agosto de 1931, em Massa Marittima, Itália. Era viúvo da supervisora de roteiro, roteirista e continuísta Olga Pehar (1938-2015).
(Foto: Google Imagens.)
Lenzi começou como diretor no final dos anos 1950 e realizou mais de 60 filmes, muitos dos quais com sua participação no roteiro. Apenas a metade de seus filmes teve lançamento no Brasil. Muitas vezes precisou trabalhar com orçamentos reduzidos, o que fez dele "um dos mais criativos cineastas italianos", cultuado por gente como o diretor americano Quentin Tarantino.
Seus filmes apresentam certas curiosidades, como a eventual recorrência, de sua parte, a pseudônimos americanos, e o uso de pelo menos um ator estrangeiro, frequentemente atores americanos muito conhecidos.
Ao longo da sua carreira, ele experimentou os mais diversos gêneros, daí ser interessante separar seus filmes por gênero, a começar pelos filmes de aventura com heróis musculosos de que o cinema italiano era pródigo nos anos 1960: "Sansão e a Rainha Escrava" (Zorro contro Maciste, 1963), "Sandokan, o Grande" (Sandokan, la tigre di Mompacem, 1963) e "O Homem Mais Forte do Mundo" (L'ultimo gladiatore, 1964).
Ele fez também três spaghetti westerns, gênero que dominou o cinema italiano, notadamente na segunda metade dos anos 1960: "O Invencível Cavaleiro Mascarado" (L'invincibile cavalieri mascherato, 1963), "A Outra Face da Coragem" (Tutto per tutto, 1968) e "Uma Pistola para 100 Sepulturas" (Una pistola per cento bare, 1968).
Ele se ocupou também com filmes de guerra. Exemplos: "Patrulha Suicida" (Attentato ai tre grandi, 1967), "A Grande Batalha" (Il grande attaco, 1978) e "Do Inferno à Vitória" (From Hell to Victory, 1979).
Uma parte considerável de sua filmografia foi dedicada a filmes de ação. Eis alguns exemplos: "Roma Armada" (Roma a mano armata, 1976), "O Império do Crime" (Napoli violenta, 1976) e "O Cínico, o Infame, o Violento" (Il cinico, l'infame, il violento, 1977).
Lenzi se interessou também por um gênero essencialmente italiano, chamado de "giallo", palavra que se traduz em português por "amarelo". O termo "giallo" teve origem em certo gênero literário popular, a partir de 1929, cujos livros eram impressos em papel amarelo. Basicamente, esse gênero cinematográfico apresenta três ingredientes: suspense, violência e erotismo. Lenzi dirigiu alguns exemplares estimados como "O Louco Desejo" (Orgasmo, 1969), "Tão Doce Quanto Perversa" (Così dolce... così perversa, 1969), "Os Ambiciosos Insaciáveis" (Paranoia, 1970) e "Sete Orquídeas Manchadas de Sangue" (Sette orchidee macchiate di rosso, 1972).
A partir dos anos 1980, ele passou a se dedicar mais aos filmes de terror.
Umberto Lenzi nasceu em 6 de agosto de 1931, em Massa Marittima, Itália. Era viúvo da supervisora de roteiro, roteirista e continuísta Olga Pehar (1938-2015).
(Foto: Google Imagens.)