28 de abril de 2018

AGILDO RIBEIRO (1932-2018), Ator


O ator e comediante brasileiro Agildo Ribeiro morreu hoje no Rio de Janeiro, aos 86 anos.

Um dos grandes humoristas brasileiros, Agildo teve atuação importante no teatro, no rádio, no cinema e na TV. No cinema, ele começou na chanchada e passou pelo cinema novo e pela pornochanchada.

Sua filmografia inclui mais de 30 filmes, entre os quais estão "Angu de Caroço" (1955), "Matemática Zero, Amor Dez" (1958), "Meus Amores no Rio" (1959), "Esse Milhão É Meu" (1959), "Tocaia no Asfalto" (1962), "Esse Mundo É Meu" (1964), "A Cama ao Alcance de Todos" (1969), "O Sexualista" (1975), "O Xangô de Baker Street" (2001) e "O Homem do Ano" (2003).

Agildo da Gama Barata Ribeiro Filho nasceu em 24 de abril de 1932, no Rio de Janeiro, filho do capitão Agildo Barata (1905-1968), membro histórico do Partido Comunista Brasileiro. Foi casado com as atrizes Marília Pera e Consuelo Leandro. Era viúvo da mulher do seu quinto casamento. Tinha um filho fora dos casamentos.

(Foto: Google Imagens.)

PAUL JUNGER WITT (1943-2018), Produtor


O produtor americano Paul Junger Witt morreu de câncer no dia 27 de abril, em Los Angeles. Tinha 75 anos.

Witt foi um produtor e diretor para a TV, que eventualmente participou de produções cinematográficas. Dos sete títulos de sua filmografia são dignos de nota "Quando Se Perde a Ilusão" (Firstborn, 1984), "Sociedade dos Poetas Mortos" (Dead Poets Society, 1989), que lhe valeu o prêmio BAFTA (o mais importante do cinema britânico) de melhor filme, "Três Reis" (Three Kings, 1999), "Insônia" (Insomnia, 2002) e "Uma Vida Melhor" (A Better Life, 2011).

Paul Junger Witt nasceu em 20 de março de 1943, em Nova York. Deixou viúva a produtora e roteirista da TV Susan Harris, mulher do seu segundo casamento, com quem tinha cinco filhos.

(Foto: Google Imagens.)

26 de abril de 2018

ARTHUR B. RUBINSTEIN (1938-2018), Compositor


O compositor americano Arthur B. Rubinstein morreu de câncer no dia 23 de abril, aos 80 anos.

Rubinstein tinha uma longa folha de serviços prestados à TV, que lhe concedeu um prêmio Emmy. No cinema, sua filmografia conta 16 filmes apenas, e os melhores são sete dirigidos por John Badham: "De Quem É a Vida Afinal?" (Whose Life Is It Anyway?, 1981), "Trovão Azul" (Blue Thunder, 1983), "Jogos de Guerra" (WarGames, 1983), "Tocaia" (Stakeout, 1987), "Aprendiz de Feiticeiro" (The Hard Way, 1991), "Uma Nova Tocaia" (Another Stakeout, 1993) e "Tempo Esgotado" (Nick of Time, 1995).

Arthur B. Rubinstein nasceu em 31 de março de 1938, em Nova York. Deixou viúva e uma filha.

(Foto: Google Imagens.)

VERNE TROYER (1969-2018), Ator


O ator e dublê americano Verne Troyer morreu no dia 21 de abril, em Los Angeles, de suposto suicídio. Tinha 49 anos.

Troyer estreou no cinema como dublê de bebê em "Ninguém Segura Este Bebê" (Baby's Day Out, 1994). Foi dublê em outros cinco filmes, entre eles "Um Herói de Brinquedo" (Jingle All the Way, 1996) e "Pirado no Espaço" (RocketMan, 1997).

Sua filmografia como ator, que tem mais de 20 títulos, inclui "MIB - Homens de Preto" (Men in Black, 1997), "Medo e Delírio" (Fear and Loathing in Las Vegas, 1998), "Austin Powers - O Agente 'Bond' Cama" (Austin Powers: The Spy Who Shagged Me, 1999), "Harry Potter e a Pedra Filosofal" (Harry Potter and the Sorcerer's Stone, 2001) e "O Mundo Imaginário do Doutor Parnassus" (The Imaginarium of Doctor Parnassus, 2009).

Verne Jay Troyer nasceu em 1º de janeiro de 1969, em Sturgis, Michigan. Tinha 81 cm de altura. Seu único casamento foi anulado. Namorava há 11 anos a atriz Brittney Powell.

(Foto: Google Imagens.)

23 de abril de 2018

Filme "7 Dias em Entebbe" Tem Alto Padrão Técnico


O filme "7 Dias em Entebbe", feito em Hollywood pelo diretor brasileiro José Padilha, é ótimo divertimento. Ponto. Ele mostrou que sabe fazer um filme de elevado padrão técnico, como se faz em Hollywood. E usou técnicos braaileiros em funções capitais, como o diretor de fotografia e o montador.
Mas seu filme não serve para embasar qualquer discussão sobre o que aconteceu ou deixou de acontecer no triste episódio do sequestro do avião da Air France, com mais de 100 passageiros israelenses, ocorrido em junho de 1976. Trata-se de pura ficção, sem intenção de fidelidade documental, embora, no final, como tem sido usual, se faça referência ao que aconteceu com as autoridades israelenses envolvidas no resgate dos reféns.
Não se trata de um documentário. E, como todos sabemos, até num documentário se pode usar as imagens reais para defender teses contrárias aos fatos históricos. Luís Buñuel, o cineasta espanhol, conta em seu livro "Meu Último Suspiro" que fez coisa parecida, pegando jornal da tela e remontando as imagens para dar um novo sentido a elas. Isto teria acontecido na época da II Guerra Mundial, quando ele se refugiou nos EUA e conseguiu uma boquinha numa biblioteca.
Já no início de "7 Dias em Entebbe" informa-se que, para fins dramáticos, personagens foram criadas e frases, introduzidas na história. E quem sabe quantas foram essas personagens e essas frases? Importaria saber? Demais disso, o cartaz do filme informa que o filme é "inspirado em fatos reais". "Inspirado", sabemos todos, é algo que guarda pouca relação com qualquer verdade fática.

(Foto: Google Imagens.)

22 de abril de 2018

NELSON PEREIRA DOS SANTOS (1928-2018), Diretor


O diretor, roteirista e produtor brasileiro Nelson Pereira dos Santos morreu no dia 21 de abril, no Rio de Janeiro, de falência múltipla de órgãos. Tinha 89 anos.

Um dos mais talentosos cineastas brasileiros, Nelson teve dificuldades para realizar e lançar suas primeiras produções, que tinham influência do neorrealismo italiano e temas originais. Quando anunciou que ia fazer um filme popular, "Rio 40 Graus" (1955), desagradou a direção do Partido Comunista Brasileiro, do qual era membro, que considerava que filmes populares deveriam ficar para quando a revolução fosse vitoriosa. Como ele insistiu em contrariar o partidão, foi transferido da sua célula em Copacabana para outra situada na Zona Norte - uma forma de castigo. O filme, narrando vários episódios passados no Rio de Janeiro, desagradou também as autoridades, por sugerir que o Rio tinha calor de 40 graus, o que supostamente prejudicaria o turismo na chamada Cidade Maravilhosa.

Seu segundo filme, "Rio Zona Norte" (1957), teve problemas com a censura, que não gostou de ver a imagem do Cristo Redentor mostrada no momento em que se ouve, na trilha sonora, o verso do samba de Zé Kéti que diz "Ele é o rei do terreiro", por suposta sugestão de que Cristo poderia estar num terreiro de candomblé.

Nelson dirigiu mais de 20 longas-metragens, quase sempre com roteiro de sua exclusiva autoria. Dentre sua filmografia se destacam "Vidas Secas" (1963), prêmio OCIC no Festival de Cannes, "Como Era Gostoso Meus Francês" (1971), "O Amuleto de Ogum" (1974), prêmio de melhor filme no Festival de Gramado, "Na Estrada da Vida" (1980), e "Memórias do Cárcere" (1984), prêmio de melhor filme no Festival de Havana, e prêmio FIPRESCI (da crítica internacional) no Festival de Cannes.

Ele fez de tudo um pouco no cinema. Foi também ator e montador, além de ter sido produtor da maioria de seus filmes, mas não só. Participou da produção, por exemplo, de "O Grande Momento" (1958) e "A Hora e Vez de Augusto Matraga" (1971), filmes de seu amigo Roberto Santos.

Ultimamente, vinha se dedicando mais ao documentário e realizou, em parceria com Dora Jobim, neta de Tom Jobim, o excelente "A Música Segundo Tom Jobim" (2012).

Nelson Pereira dos Santos nasceu em 22 de outubro de 1928, em São Paulo (SP). Foi o primeiro cineasta a ser eleito para a Academia Brasileira de Letras. Deixou viúva Laurita Andrade Sant'Anna. Tinha quatro filhos: o ator Ney Santanna, os produtores Diogo Dahl e Marcia Pereira dos Santos e o técnico de som Nelson Pereira dos Santos Filho.

(Foto: Google Imagens.)