JOSEPH PILATO (1949-2019), Ator

O ator americano Joseph Pilato morreu no dia 24 de março, enquanto dormia. Tinha 70 anos.

Pilato teve seu primeiro papel no cinema em "O Despertar dos Mortos" (Dawn of the Dead, 1978), de George A. Romero. Em seguida, atuou em dois outros filmes deste especialista do terror, "Cavaleiros de Aço" (Knightriders, 1981) e "Dia dos Mortos" (Day of the Dead, 1985). Vai daí, o ator ficou para sempre associado ao gênero terror.

Embora sua filmografia conte 30 títulos, apenas mais dois filmes são dignos de nota: "Pulp Fiction - Tempo de Violência" (Pulp Fiction, 1994) e "Atração Irresistível" (Music from Another Room, 1998).

Josef Francis Anthony Pilato Jr. nasceu em 16 de março de 1949, em Boston, Massachusetts, EUA.

(Foto: Google Imagens/movieweb.com)

LARRY COHEN (1941-2019), Diretor

O diretor, roteirista e produtor Larry Cohen morreu no dia 23 de março, em Los Angeles, aos 77 anos.

Cohen era mais conhecido por seus filmes de terror ou terrir, de baixo orçamento, com roteiros de sua autoria e sua participação na produção. Eis alguns exemplos: "Nasce um Monstro" (It's Alive, 1974), que ganhou o prêmio especial do júri, no Festival do Cinema Fantástico de Avoriaz, na França, "Foi Deus Quem Mandou" (God Told Me To, 1976), que também recebeu o prêmio especial do júri, no mesmo festival, "A Volta do Monstro" (It Lives Again, 1978), "Q - A Serpente Alada" (Q, 1982) e "A Ilha dos Monstros" (It's Alive III: Island of the Alive, 1987).

Entre os filmes de outros gêneros que realizou estão "O Chefão de Nova York" (Black Caesar, 1973), "FBI Arquivo Secreto" (The Private Files of J. Edgar Hoover, 1977) e "Justiceiros de Rua" (Original Gangstas, 1996).

Lawrence G. Cohen nasceu em 15 de julho de 1941, em Kingston, estado de Nova York, mas sua família se mudou para a cidade de Nova York quando ele ainda era muito jovem. Era viúvo da atriz Cynthia Costas, mulher do seu segundo casamento. Tinha cinco filhos do primeiro casamento. Era pai da produtora Janelle Webb e das atrizes Jill Gatsby e Melissa Inger.

(Foto: Google Imagens/dreadcentral.com)

DOMINGOS DE OLIVEIRA (1936-2019), Diretor

O diretor, roteirista e ator Domingos de Oliveira morreu no dia 23 de março, no Rio de Janeiro, aos 82 anos. A causa da morte não foi divulgada, mas se sabe que ele sofria do mal de Parkinson.

Uma das mais importantes figuras do cinema brasileiro, Domingos fez de tudo um pouco na sétima arte e ganhou muitos prêmios por várias funções que desempenhou.

Sua filmografia como diretor inclui 18 filmes, entre os quais estão "Todas as Mulheres do Mundo" (1966), que lhe deu os prêmios de melhor filme e melhor diretor no Festival de Brasília, "Edu, Coração de Ouro" (1968), "É Simonal" (1970), "A Culpa" (1971), "Vida Vida" (1977), "Amores" (1998), pelo qual recebeu o prêmio de melhor filme (eleito pelo público), o prêmio da crítica e o prêmio especial do júri, no Festival de Gramado, "Separações" (2002), pelo qual ganhou os prêmios de melhor filme e melhor ator, no Festival de Mar del Plata, na Argentina, "Feminices" (2004), que lhe rendeu o prêmio de melhor filme brasileiro na Mostra Internacional de São Paulo, "Juventude" (2008), prêmios de melhor diretor e melhor roteiro no Festival de Gramado, e melhor roteiro da Associação Paulista de Críticos de Arte, "Primeiro Dias de um Ano Qualquer" (2012), melhor roteiro no Festival de Gramado, "Infância" (2014), melhor roteiro no Festival de Gramado, e "Barata Ribeiro, 716" (2016), pelo qual conquistou, no Festival de Gramado, os prêmios de melhor filme, melhor diretor e melhor trilha musical, além do prêmio pelo roteiro no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Domingos de Oliveira nasceu em 28 de setembro de 1936, no Rio de Janeiro. Deixou viúva a atriz e roteirista Priscilla Rozenbaum, mulher do seu terceiro casamento. Teve uma filha fora dos casamentos, a atriz Maria Mariana.

(Foto: Leila Diniz, em "Todas as Mulheres do Mundo" - Google Imagens/facebook.com)

MARIA ISABEL DE LIZANDRA (1945-2019), Atriz

A atriz brasileira Maria Isabel de Lizandra morreu no dia 14 de março, em São Paulo, de pneumonia. Tinha 73 anos.

Maria Isabel estreou na TV, no início da década de 1960, e na TV sua carreira foi mais bem-sucedida. No cinema, apareceu em apenas um filme importante, "Vereda da Salvação" (1965), de Anselmo Duarte.

Dos cinco filmes em que atuou, quatro foram pornochanchadas: "O Supermacho" (1974), "As Mulheres que Sempre Querem Mais" (1974), "A Noite das Fêmeas" (1976) e "Belas e Corrompidas" (1977). 

Maria Isabel Reclusa Antunes Maciel nasceu 5 de junho de 1945, em São Paulo, São Paulo. Era divorciada do ator Ênio Gonçalves (1943-2013), com quem teve duas filhas.

(Foto: Google Imagens/revistaquem.globo.com)

RICHARD ERDMAN (1925-2019), Ator

O ator americano Richard Erdman morreu no dia 16 de março, em Los Angeles, aos 93 anos.

Erdman começou sua carreira no cinema em 1944 e apareceu em mais de 30 filmes até 1953, muitas vezes usando o nome Dick Erdman. Nesta fase, ele trabalhou exclusivamente no cinema e o conjunto de filmes apresenta maior consistência.

Os filmes mais importantes da sua primeira fase no cinema são "Pensando Sempre em Você" (The Very Thought of You, 1944), "Um Punhado de Bravos" (Objetive, Burma!, 1945), "Regeneração" (Nobody Lives Forever, 1946), "Espíritos Indômitos" (The Men, 1950), "Golpe do Destino" (Cry Danger, 1951), "O Biruta e o Folgado" (The Stooge, 1951),  "Os Malucos do Ar" (Jumping Jacks, 1952), "O Amor, Sempre o Amor" (The Happy Time, 1952), "Gardênia Azul" (The Blue Gardenia, 1953) e "O Inferno Nº 17" (Stalag 17, 1953). 

A partir de 1953, ele passou a trabalhar mais na TV, voltando ocasionalmente ao cinema. Nesta fase, atuou em cerca de 20 filmes, entre os quais estão "Os Grandes Deste Mundo" (The Power and the Prize, 1956), "Pista Sanguinária" (The Rawhide Trail, 1958), "Irmão Contra Irmão" (Saddle the Wind, 1958), "Tora! Tora! Tora!" (Idem, 1970) e "O Amor Tem Duas Caras" (The Learning Curve, 1999), que registrou seu último trabalho no cinema.

John Richard Erdmann (com dois enes) nasceu em 1º de junho de 1925, em Enid, Oklahoma, EUA. Era viúvo da atriz Sharon Randal (1923-2016), mulher do seu segundo casamento, com quem teve uma filha.

(Foto: Google Imagens/youtube.com)

GEORGE MORFOGEN (1933-2019), Ator

O ator e produtor americano George Morfogen morreu no dia 8 de março, em Nova York, aos 85 anos.

Amigo do diretor Peter Bogdanovich, Morfogen começou a carreira em Hollywood atuando seu filme "Essa Pequena É uma Parada" (What's Up, Doc?, 1972). Apareceu em mais três filmes de Bogdanovich: "Daisy Miller" (Idem, 1974), "Muito Riso e Muita Alegria" (They All Laughed, 1981), "Ilegalmente Sua" (Illegally Yours, 1988) e "Um Amor a Cada Esquina" (She's Funny That Way, 2014).

George Morfogen se envolveu também com a produção dos seguintes filmes de Bogdanovich: "O Tatuado" (Saint Jack, 1979) e "Marcas do Destino" (Mask, 1985), além dos citados "Muito Riso e Muita Alegria" e "Ilegalmente Sua".

Sua filmografia como ator engloba 15 filmes, entre os quais estão também "O Ladrão que Veio Jantar" (The Thief Who Come to Dinner, 1973), "Triângulo de Paixões" (Heartbreakers, 1984) e "O Sócio" (The Associate, 1996).

George Morfogen nasceu em 30 de março de 1933, em Nova York, Nova York, EUA. Deixou viúvo Gene Laughorne.

(Foto: Google Imagens/picsofcelebrities.com)

JAN-MICHAEL VINCENT (1944-2019), Ator

O ator americano Jan-Michael Vincent morreu no dia 10 de fevereiro, em Asheville, Carolina do Norte, de parada cardíaca. Tinha 74 anos.

Vincent teve uma carreira consistente até o meado da década de 1980, quando começou a ter problemas em consequência do alcoolismo. Sua carreira afundou e os filmes pioraram muito, com exceção de alguns em que atuou como coadjuvante.

Sua filmografia conta quase 50 filmes, dentre os quais se destacam "Jamais Foram Vencidos" (The Undefeated, 1969), "Assassino a Preço Fixo" (The Mechanic, 1972), "O Risco de uma Decisão" (Bite the Bullet, 1975), "Amargo Reencontro" (Big Wednesday, 1978), "Buffalo 66" (Idem, 1998) e "A Montanha Mágica" (Escape to Grizzly Mountain, 2000).

Jan-Michael Vincent nasceu em 15 de julho de 1944, em Denver, Colorado, EUA. Em 2012 precisou amputar parte da perna direita, por causa de uma infecção contraída de doença arterial periférica. Deixou viúva a mulher do seu terceiro casamento. Tinha uma filha do primeiro casamento.

(Foto: Google Imagens/hollywoodreporter.com)

LUKE PERRY (1966-2019), Ator

O ator americano Luke Perry morreu no dia 4 de março, em Los Angeles, de AVC. Tinha 52 anos.

Perry trabalhou muito no cinema, aparecendo em mais de 30 filmes, mas não teve muita sorte em termos de qualidade, tanto é que um terço de seus filmes nem teve lançamento no Brasil.

Entre seus filmes conhecidos no Brasil estão "8 Segundos" (8 Seconds, 1994), "Fronteiras do Crime" (Normal Life, 1996), "O Quinto Elemento" (The Fifth Element, 1997) e "Alice School PopStar" (Idem, 2007).

O último filme em que Perry atuou ainda está em processo de finalização. Trata-se de "Era Uma Vez em Hollywood" (Once Upon a Time in Hollywood, 2019), de Quentin Tarantino, cujo lançamento nos EUA está previsto para 26 de julho.

Nasceu Coy Luther Perry III em 11 de outubro de 1966, em Mansfield, Ohio, EUA. Era divorciado e tinha um casal de filhos.

(Foto: Google Imagens/impala.pt)

ANDRÉ PREVIN (1929-2019), Compositor

O compositor, arranjador e maestro germano-americano André Previn morreu no dia 28 de fevereiro, em Nova York, aos 89 anos.

A família de André Previn, que era judia, mudou-se em 1939 da Alemanha para os EUA, fugindo do nazismo. Nos EUA, ele revelou seu talento e se tornou músico profissional precocemente.

Previn ganhou quatro Oscars, pelas trilhas dos filmes "Gigi" (Idem, 1958), "Porgy e Bess" (Porgy and Bess, 1959), "Irma la Douce" (Idem, 1963) e "Minha Bela Dama" (My Fair Lady, 1964).

Ele compôs trilhas para 40 filmes, inclusive diversos outros do gênero musical, entre os quais estão "Três Palavrinhas" (Three Little Words, 1950), "Procura-se uma Estrela" (Give a Girl a Break, 1953), "Dançando nas Nuvens" (It's Always Fair Weather, 1955).

Ele compôs trilhas também para outros gêneros de filmes, com destaque para "Tensão" (Tension, 1949), "Conspiração do Silêncio" (Bad Day at Black Rock, 1955), "Gatilho Relâmpago" (The Fastest Gun Alive, 1956), "Teu Nome É Mulher" (Designing Woman, 1957), "Entre Deus e o Pecado" (Elmer Gantry, 1960), "Cupido Não Tem Bandeira" (One, Two, Three, 1961), "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse" (The Four Horsemen of the Apocalypse, 1962) e "Uma Loura por um Milhão" (The Fortune Cookie, 1966).

Previn ainda escreveu melodias para canções, fez arranjos musicais e regeu orquestras para outras dezenas de filmes.

Nasceu Andreas Ludwig Prewin em 6 de abril de 1929, em Berlim, Alemanha. Casou-se e se divorciou cinco vezes. Teve dois filhos do primeiro casamento; seis do terceiro casamento, com a atriz Mia Farrow, três dos quais adotivos; e dois do quarto casamento. Era sogro do cineasta Woody Allen.

(Foto: Rex Harrison e Audrey Hepburn em "Minha Bela Dama" - Google Imagens/empireonline.com)