Era uma vez em 12 de fevereiro de 2007
PETER ELLENSHAW (93 anos, de causa não divulgada), desenhista norte-americano; fez desenhos de cena (matte paint) para filmes entre 1935 e 1990, na maioria das vezes para produções da Disney, como A ilha do tesouro (1950), Vinte mil léguas submarinas (1954), Pollyanna (1960) e Dick Tracy (1990), mas também, eventualmente, de outros estúdios, como Quo vadis (1951) e Spartacus (1960); fez efeitos especiais visuais para 13 filmes da Disney, de 1959 a 1974, a exemplo de Mary Poppins (1964), que lhe deu um Oscar, Se meu fusca falasse (1968) e A ilha no topo do mundo (1974); dirigiu apenas um filme: A Tour of the West (1955), documentário de curta-metragem.
Curiosidade: Matte paint ou matte painting, também chamado de glass shot ou matte shot, é um truque (mais comum do que se pode pensar) do tempo em que não existia o computador; pintava-se em vidro transparente uma paisagem ou o seu complemento e filmava-se com a pintura diante da câmera, combinando-a com o cenário real para prolongar ou enriquecer o visual do que se queria mostrar; um exemplo claro disso encontra-se no filme E o vento levou, quando se vê o chão da cidade de Atlanta coberto de cadáveres e soldados feridos; a parte superior da tela, que inclui o prolongamento das casas da rua, é pintura. O truque exigia muita maestria do desenhista, que precisava fazer o desenho harmonizar-se perfeitamente com a parte real do quadro. Dessa forma, muitos filmes mostraram castelos ou cidades que nunca existiram, sem o trabalho e os custos que seriam necessários para construí-los.
Nenhum comentário:
Postar um comentário