29 de agosto de 2007

Hollywood vai à Guerra do Iraque

Ao mesmo tempo em que a guerra segue fazendo suas vítimas no Iraque, filmes que abordam o conflito já começam a ser lançados nos Estados Unidos. A produção de tais filmes antes do término da guerra é uma novidade. Mas Hollywood entende que o momento é oportuno tendo em vista que dois terços da população norte-americana são contrários à guerra.
Eis a relação dos filmes que vêm por aí:

1 - Com estréia prevista para 2007:
a) No Vale das Sombras (In the Valley of Elah), de Paul Haggis
b) Grace Is Gone, de James C. Strouse
c) Leões e Cordeiros (Lions for Lambs), de Robert Redford
d) Redacted, de Brian De Palma
e) O Suspeito (Rendition), de Gavin Hood

2 - Com estréia prevista para 2008:
a) Stop Loss, de Kimberly Peirce
b) The Hurt Locker, de Kathryn Bigelow.

Veneza 2007: começa a corrida ao Leão de Ouro

A 64ª edição do Festival de Veneza começou hoje, com a exibição do filme Desejo e Reparação (Atonement), de Joe Wright, baseado no romance Reparação de Ian McEwan e estrelado por Keira Knightly.

A mostra competitiva terá 22 longas-metragens inéditos na disputa pelo Leão de Ouro, o prêmio máximo do festival.
Entre os concorrentes, além do filme citado, há trabalhos assinados por Brian De Palma, Ken Loach, Paul Haggis, Ang Lee, Kenneth Branagh, Wes Anderson, Eric Rohmer, Todd Haynes e Peter Greenaway.
Fora de competição, serão exibidos Cassandra's Dream, de Woody Allen, La fille coupée en deux, de Claude Chabrol, Glory to the Filmaker!, de Takeshi Kitano, e Cleópatra, do brasileiro Júlio Bressane, entre outros.
O festival se encerrará no dia 8 de setembro.

28 de agosto de 2007

Era uma vez em 27 de julho de 2007

WILLIAM TUTTLE (95 anos, de causa não divulgada), maquiador norte-americano que trabalhou na Fox e na MGM, onde permaneceu por mais de 35 anos, 20 dos quais como chefe do departamento de maquiagem; atuou em mais de 340 filmes, entre os quais Sinfonia de Paris (An American in Paris, 1951), Cantando na chuva (Singin' in the Rain, 1952), Júlio César (Julius Caeser, 1953), A roda da fortuna (The Band Wagon, 1957), Gigi (Idem, 1958), Intriga internacional (North by Northwest, 1959), A máquina do tempo (The Time Machine, 1960), O jovem Frankenstein (Young Frankenstein, 1974). Recebeu um Oscar especial por seu trabalho em As 7 faces do dr. Lao (7 Faces of Dr. Lao, 1964), 17 anos antes de a Academia criar a premiação da categoria.
(Imagem do filme "A roda da fortuna". Crédito da foto: http://www.senseofcinema.com/)
Particularidades: William Julian Tuttle nasceu em 13 de abril de 1912. Era irmão do também maquiador Thomas Tuttle (1918-2004). Criou sua própria linha de cosméticos, a Custom Color Cosmetics. Foi casado com a atriz Donna Reed (1921-1986) e deixou viúva a atriz Anita Aros.

21 de agosto de 2007

Gramado 2007: os premiados

O 35º Festival de Cinema de Gramado encerrou-se no último sábado, 18. O documentário Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais, de Carlos Alberto Prates Correia, foi considerado o melhor filme e levou também o Kikito de melhor montagem. Deserto Feliz, de Paulo Caldas, recebeu os prêmios da crítica e do júri popular, além dos troféus de melhor diretor, fotografia, direção de arte e música. Gustavo Machado foi eleito o melhor ator, em Olho de Boi, e Ingra Liberato, a melhor atriz, em Valsa para Bruno Stein. Olho de Boi foi aquinhoado também com o Kikito de melhor roteiro, e o documentário Condor recebeu o prêmio especial do júri e o troféu de "qualidade artística".
Na competição estrangeira, os prêmios foram divididos entre dois filmes. Nascido y Criado, de Pablo Trapero, ficou com as láureas de melhor filme, diretor e fotografia, e O banheiro do Papa (El baño del Papa), de César Charlone e Enrique Fernández, com os prêmios da crítica e do júri popular, além dos Kikitos de melhor ator, atriz, roteiro e o prêmio de excelência de linguagem. O cineasta mexicano Paul Leduc obteve o prêmio especial do júri, por O cobrador.
O prêmio de melhor curta-metragem foi concedido a Alphaville 2007 d.C., de Paulinho Caruso.

14 de agosto de 2007

Era uma vez em 11 de agosto de 2007

FRANZ ANTEL (94 anos, de causa não divulgada), diretor, produtor e roteirista austríaco; tendo iniciado como roteirista em meados da década de 1930, estreou na direção em 1948; os filmes Olá, Dienstmann (Hallo Dienstmann, 1952), A valsa do imperador (Kaiserwalzer, 1953) e Casanova & cia. (Casanova & Co., 1977) são citados entre seus melhores trabalhos; sob o pseudônimo de François Legrand realizou alguns pornôs e o faroeste à italiana Prima ti suono e poi ti sparo (1975); seu maior sucesso comercial foi Der Bockerer (1981), que lhe rendeu três seqüências, com as quais encerrou a carreira, em 2003. Recebeu dois prêmios, em seu país, pela carreira.

(Crédito da foto: aeiou.iicm.tugraz.at)
Particularidades: Franz Antel nasceu em 28 de junho de 1913. Fez 76 trabalhos para o cinema e três para a TV. (A Folha UOL noticiou que ele dirigiu 90 filmes.) Foi casado cinco vezes, sendo duas com sua assistente de direção Sibylla Antel, que deixou viúva.

35º Festival de Gramado em curso

A abertura do Festival de Cinema de Gramado aconteceu no último domingo, 12. Na oportunidade, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, regida pelo maestro Isaac Karabtchevsky, apresentou uma seleção de trilhas de filmes consagrados.

Na mostra competitiva serão exibidos os seguintes longas-metragens brasileiros: Castelar e Nelson Dantas no País dos Generais, de Carlos Alberto Prates Correia, Condor, Deserto Feliz, de Paulo Caldas, Olho de Boi, de Hermanno Penna, Otávio e as Letras, de Marcelo Mazagão, e Valsa para Bruno Stein, de Paulo Nascimento.
Os longas estrangeiros são: O cobrador (El Cobrador - In God We Trust, 2006), de Paul Leduc, co-produção México/Espanha/Brasil; Cocalero (2007), de Alejandro Landes, co-produção Argentina/Bolívia; O banheiro do Papa (El baño del Papa, 2005), de César Charlone e Enrique Fernández, produção uruguaia; Madeinusa (2006), de Claudia Llosa, co-produção Peru/Espanha; e Nascido y criado (2006), de Pablo Trapero, co-produção Argentina/Itália/Reino Unido.
(Fonte: Folha UOL. Crédito da foto: http://www.festivaldegramado.net/)

13 de agosto de 2007

Ingmar Bergman, o inexcedível

Com a morte de Ingmar Bergman, fecha-se um ciclo. Ele era o último exemplar da estirpe de mestres que fizeram do cinema um instrumento de análise do ser humano, visto isolada ou coletivamente. Filho de pastor luterano, ele recebeu educação rígida, que incluía punições severas e humilhantes. Talvez por isso se tenha debruçado nos filmes, com tanta insistência, sobre questões existenciais que assombram a todos nós. Com suas neuroses e obsessões, ou seus demônios, como preferia dizer, erigiu uma obra sob todos os aspectos admirável. A arte e a morte foram seus temas mais constantes.

No filme que o tornou mundialmente conhecido, O Sétimo Selo, de 1957, o embate contra a morte se dá cara a cara. Após passar dez anos nas cruzadas, um cavaleiro retorna atormentado por dúvidas metafísicas e recebe a visita da morte. Ele a convida para uma partida de xadrez, na tentativa de ganhar tempo para adquirir algum conhecimento que esclareça suas dúvidas. Enquanto jogam, a Peste Negra faz suas vítimas e a Inquisição queima suas bruxas. O ambiente da Idade Média, fotografado em magnífico claro-escluro por Gunnar Fischer, serve como luva para as questões que angustiam o cavaleiro.

Morangos Silvestres, do mesmo ano, trata da memória, mas também da morte. Às vésperas de receber uma honraria universitária, médico ancião sonha com a própria morte e se põe a fazer um balanço da vida. Prefere seguir de carro, em companhia da nora, para visitar lugares em que viveu, recordando amores e frustrações da juventude e problemas com a esposa já falecida. No trajeto, dá carona a três jovens e a um casal de meia-idade. Neste caso, Bergman buscou inspiração no recurso que John Ford usou em No Tempo das Diligências. Ford colocou sete pessoas de classes sociais diferentes dentro da diligência e explorou seus conflitos. Com propósito semelhante, Bergman pôs no carro sete pessoas de diferentes faixas etárias. Vale notar que Bergman considerava John Ford, conforme declarou, o maior dos cineastas.

No filme O Rosto, de 1958, a trupe de atores ambulantes, que estava presente em O Sétimo Selo, aparece em primeiro plano. E aqui Bergman resolveu aumentar a complexidade da receita, cozinhando no mesmo caldeirão ingredientes nomeáveis por termos antitéticos: ciência e magia, realidade e ilusão, fé e ceticismo.

Em Persona, de 1966, Bergman lida com tema que conhecia bem: a representação. Uma atriz de teatro entra em crise diante do dilema “verdade versus mentira” e resolve ficar muda. Uma jovem enfermeira é contratada para cuidar dela, e ambas vão para uma casa de praia. A enfermeira, que gosta de teatro e cinema e admira os artistas, diz a certa altura: “Acho que poderia me tornar você, se tentasse. Quero dizer, por dentro. E você poderia ser eu”. E, quando descobre que a atriz age como sua analista, muda radicalmente de atitude, invertendo os papéis. As personalidades das duas convergem até se fundirem numa só. O diretor, auxiliado por Sven Nykvist, mostra o processo em imagem: duas metades dos rostos das atrizes são juntadas, formando um novo rosto resultante da fusão das duas “personagens”. Pode-se ver Persona como uma versão psicanalítica do filme A Malvada, em que uma admiradora de famosa atriz de teatro se aproxima de seu ídolo e, aos poucos, maliciosamente, toma o seu lugar.

A morte está no centro de Gritos e Sussurros, de 1972, em que uma solteirona, no leito de morte, recebe cuidados da criada. Suas duas irmãs também estão na mansão para acompanhar seus últimos momentos. As imagens com fundo vermelho-sangue, captadas pelas lentes do mago Sven Nykvist, são fortíssimas. Neste filme, encontra-se uma das falas mais desoladoras sobre a condição humana. É o pastor, ajoelhado junto à falecida, quem diz: “Reze por nós que fomos deixados na escuridão, deixados para trás nesta Terra miserável, com o céu acima de nós, impiedoso e vazio”.

Em Sonata de Outono, de 1978, as relações familiares estão em foco. Uma pianista renomada aceita o convite da filha para passar uns dias em sua casa. Outrora, para se dedicar à música, a mãe não dispensou à filha a atenção que esta gostaria de ter tido. Quando se encontram, o menor pretexto vira estopim para a explosão de uma torrente de rancores e recriminações. Poucas vezes o cinema mostrou um duelo tão formidável de atrizes tão talentosas.

Em seu último filme para o cinema, Fanny e Alexander, de 1982, Bergman realizou uma síntese das relações familiares. Suas neuroses e obsessões pareciam ter-se acomodado. São mostradas três famílias: uma católica, outra protestante e a terceira judia. O foco maior recai sobre o clã católico, cujos membros têm envolvimento com o teatro. Ao longo do filme se delineiam traços culturais que marcam de modo particular os rebentos de cada família. Ninguém duvida que a família protestante representa a do próprio diretor. Mas, desta vez, ele preferiu o escape onírico. E o clima festivo abafa eventuais recriminações.

Bergman foi um artista completo, com pleno domínio de sua arte. No mesmo patamar que ele só se colocam uns poucos. Nomes como John Ford, Federico Fellini, Alfred Hitchcock e Luchino Visconti merecem a honraria. Outros podem entrar, a depender das preferências pessoais, mas o grupo será sempre restrito. Acima dele, porém, não se admite ninguém. Na obra de Bergman está posto, sabe Deus até quando, o limite inexcedível.


(Texto publicado pelo semanário Jornal Opção, de Goiânia, edição de 12 a 18 de agosto de 2007, ligeiramente modificado pelo autor, por questão de espaço. Acesse: http://www.jornalopcao.com.br/)
(Crédito da foto: http://www.fest21.com/)

10 de agosto de 2007

Era uma vez em 8 de agosto de 2007

MELVILLE SHAVELSON (90 anos, de causas naturais), roteirista, diretor e produtor norte-americano; início como roteirista de comédias estreladas por Bob Hope e Danny Kaye; com Hope: A princesa e o pirata (The Princess and the Pirate, 1944), Que rei sou eu? (Where There's Life, 1947), O gostosão (The Great Lover, 1949); com Kaye: Um rapaz do outro mundo (Wonder Boy, 1945), Um tigre domesticado (The Kid from Brooklyn, 1946); passou à direção para filmar seus próprios roteiros, inicialmente com os mesmos comediantes: Um coringa e sete ases (The Seven Little Foys, 1955) e O prefeito se diverte (Beau James, 1957), com Bob Hope; A lágrima que faltou (The Five Pennies, 1959), que lhe deu o prêmio de melhor roteiro do Sindicato dos Roteiristas, e O homem de 2 cabeças (On the Double, 1961); seus filmes mais conhecidos são À sombra de um gigante (Cast a Giant Shadow, 1966) e Os seus, os meus, os nossos (Yours, Mine and Ours, 1968), que foi refilmado em 2005. O Sindicato dos Roteiristas, que ele presidiu em três gestões, concedeu-lhe três prêmios honorários.

(Imagem obtida em http://www.2001video.com.br/)

6 de agosto de 2007

Michelle Pfeiffer ganha estrela na Calçada da Fama

A atriz Michelle Pfeiffer foi homenageada hoje com uma estrela na Calçada da Fama, em Hollywood. Ela recebeu a estrela número 2.345. Michelle, que ficou mais de quatro anos ausente das telas de cinema, voltou no musical Hairspray - Em busca da fama (Hairspray, 2007), de Adam Shankman, lançado no verão em curso nos Estados Unidos. Ela está também no filme Stardust - O mistério da estrela, de Matthew Vaughn, que tem lançamento previsto para daqui a quatro dias.

Os dados são da Folha UOL.
(Crédito da foto: http://www.ia.rediff.com/)

4 de agosto de 2007

Hollywood refaz clássicos do faroeste

Volta e meia Hollywood resolve testar se ainda há público para faroestes. Dois novos filmes do gênero estão com lançamento previsto para setembro, nos Estados Unidos. Ambos trazem pesos-pesados no elenco. Os Indomáveis (3:10 to Yuma) tem Christian Bale e Russell Crowe, sob a direção de James Mangold. Trata-se de refilmagem do clássico Galante e Sanguinário (3:10 to Yuma, 1957), dirigido por Delmer Daves e estrelado por Glenn Ford. O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford (The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford) , dirigido por Andrew Dominik, conta com Brad Pitt no papel-título. A vida de Jesse James, que já rendeu clássicos do gênero, foi abordada no recente Jovens Justiceiros (American Outlaws, 2001), com Colin Farrell fazendo o famoso fora-da-lei.

Há outro faroeste a caminho, a ser lançado em 2008: Boone's Lick, com Tom Hanks e Julianne Moore.
(Crédito da foto: http://www.2001video.com.br/)

2 de agosto de 2007

Era uma vez em 30 de julho de 2007

MICHELANGELO ANTONIONI (94 anos, de causa não divulgada), cineasta italiano que desenvolveu um estilo personalíssimo; seus filmes tinham um ritmo próprio: planos estendidos ao máximo e falas reduzidas ao mínimo; inovador e anticomercial, ele ficava por vezes longos períodos sem filmar; início em 1942, escrevendo roteiros para Rosselini e De Santis, mas no ano seguinte passou à direção de documentários de curta-metragem, realizando onze deles antes de tentar a ficção com Crimes d'alma (Cronaca de um amore, 1950); não demorou para seus filmes conquistarem a crítica e os festivais: As amigas (Le amiche, 1955), Leão de Prata em Veneza; O grito (Il grido, 1957), prêmio da crítica em Locarno; A aventura (L'Avventura, 1960), prêmio do júri em Cannes; A noite (La notte, 1961), Urso de Ouro em Berlim; O eclipse (L'Eclisse, 1962), prêmio especial do júri em Cannes; O dilema de uma vida/O deserto vermelho (Il deserto rosso, 1964), Leão de Ouro em Veneza; Depois daquele beijo (Bow-up, 1966), Palma de Ouro em Cannes; dirigiu apenas 15 longas-metragens (14 de ficção) até 1982, retornando depois aos curtas-metragens; graças ao apoio e à co-direção de Wim Wenders, pôde realizar ainda Além das nuvens (Al di là delle nuvole, 1995), antigo projeto. Recebeu vários prêmios honorários, entre os quais um Leão de Ouro, em Veneza, e um Oscar.

(Crédito da foto: Lois Bernstein/AP; fonte: Folha UOL)

Particularidades: Antonioni nasceu em 29 de setembro de 1912, em Ferrara. Em 1985, sofreu um derrame que o deixou parcialmente paralisado e sem a fala. Morreu em sua casa, em Roma. Deixou viúva a diretora Enrica Fico.

Veneza 2007: prêmio para filme gay

A organização do Festival de Veneza anunciou a criação de um troféu especial, para premiação do melhor filme com temática ou personagens homossexuais exibido no evento, seja dentro seja fora da mostra competitiva. O troféu consiste em uma placa dourada, com a imagem do leão alado (logotipo do festival) junto às cores do arco-íris (símbolo do orgulho gay). O vencedor será eleito por um pequeno júri internacional. São esperados, para este ano, entre dez e 12 filmes candidatos ao troféu.
(Crédito da foto: cinerama.blogs.sapo.pt)

1 de agosto de 2007

Era uma vez em 30 de julho de 2007

INGMAR BERGMAN (89 anos, de causa não divulgada), cineasta sueco, reconhecido como um dos maiores talentos já revelados pelo cinema; estreou na direção com o filme Crise (Kris, 1946); a importância de seus filmes pode ser aquilatada pelos prêmios que conquistaram. Estão relacionados, a seguir, apenas os prêmios concedidos ao diretor e aos filmes, excluídos os dados ao elenco e aos técnicos:

Sorrisos de uma noite de amor (Sommarnattens leende, 1955):
-- prêmio de melhor humor poético, em Cannes
-- prêmio Bodil de melhor filme europeu, Dinamarca

O sétimo selo (Det sjunde inseglet, 1957):
-- prêmio especial do júri, em Cannes
-- prêmio de diretor do melhor filme estrangeiro do Sindicato dos Jornalistas Cinematográficos Italianos
-- prêmio do Círculo de Escritores Cinematográficos, Espanha

Morangos silvestres (Smultronstället, 1957):
-- prêmio da Crítica Cinematográfica Italiana, em Veneza
-- prêmio de melhor filme do Conselho Nacional da Crítica, Estados Unidos
-- prêmio de melhor filme no Festival de Mar del Plata
-- prêmio Kinema Junpo de melhor filme em língua estrangeira, Japão
-- prêmio de diretor do melhor filme estrangeiro do Sindicato dos Jornalistas Cinematográficos Italianos
-- prêmio Globo de Ouro de melhor filme em língua estrangeira
-- prêmio Bodil de melhor filme europeu, Dinamarca
-- prêmio Urso de Ouro, em Berlim

No limiar da vida (Nära livet, 1958):
-- prêmio de melhor diretor, em Cannes

O rosto (Ansiktet, 1958):
-- prêmio especial do júri, em Veneza

A fonte da donzela (Jungfrukällan, 1960):
-- prêmio Globo de Ouro de melhor filme em língua estrangeira
-- prêmio Oscar de melhor filme em língua estrangeira
-- prêmios Kinema Junpo de melhor diretor de filme em língua estrangeira e melhor filme em língua estrangeira, Japão

Através de um espelho (Sasom i en spegel, 1961):
-- prêmio OCIC, em Berlim
-- prêmio Oscar de melhor filme em língua estrangeira

O silêncio (Tystnaden, 1963):
-- prêmios Guldbaggegalan (Besouro de Ouro, o mais importante do cinema sueco) de melhor direção e melhor filme

Persona (Idem, 1966):
-- prêmio Guldbaggegalan de melhor filme, Suécia
-- prêmios de melhor diretor e melhor filme da Sociedade Nacional de Críticos de Cinema, Estados Unidos

A hora do lobo (Vargtimmen, 1968):
-- prêmio de melhor diretor da Sociedade Nacional de Críticos de Cinema, Estados Unidos

Vergonha (Skammen, 1968):
-- prêmios de melhor diretor e melhor filme da Sociedade Nacional de Críticos de Cinema, Estados Unidos
-- prêmio de melhor filme em língua estrangeira do Conselho Nacional da Crítica, Estados Unidos
-- prêmio de melhor filme em língua estrangeira do Círculo de Críticos de Cinema de Kansas City, Estados Unidos
-- prêmio de melhor filme estrangeiro do Círculo de Escritores Cinematográficos, Espanha

A paixão de Ana (En passion, 1969):
-- prêmio de melhor diretor da Sociedade Nacional de Críticos de Cinema, Estados Unidos

Gritos e sussurros (Viskningar och rop, 1972):
-- prêmios de melhor diretor e melhor filme do Círculo de Críticos de Cinema de Nova York
-- prêmio Jussi de melhor diretor estrangeiro, Finlândia
-- prêmio Guldbaggegalan de melhor filme, Suécia
-- prêmio David di Donatello de melhor diretor estrangeiro, Itália
-- Grande Prêmio Técnico, em Cannes
-- outros sete prêmios internacionais

Face a face (Ansikte mot ansikte, 1976):
-- prêmio de melhor filme estrangeiro da Associação de Críticos de Cinema de Los Angeles
-- prêmio Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro

Sonata de outono (Höstsonaten, 1978):
-- prêmios de melhor diretor e melhor filme em língua estrangeira do Conselho Nacional da Crítica, Estados Unidos
-- prêmio de diretor do melhor filme estrangeiro do Sindicato Nacional dos Jornalistas Cinematográficos Italianos
-- prêmio Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro
-- prêmio Bodil de melhor filme europeu, Dinamarca
Fanny e Alexander (Fanny och Alexander, 1982):
-- prêmio FIPRESCI, em Veneza
-- prêmios de melhor diretor e melhor filme em língua estrangeira do Círculo de Críticos de Cinema de Nova York
-- prêmios Guldbaggegalan de melhor direção e melhor filme, Suécia
-- prêmio Globo de Ouro de melhor filme estrangeiro
-- prêmio de melhor filme estrangeiro do Sindicato Francês da Crítica de Cinema
-- prêmios David di Donatello de melhor diretor estrangeiro e melhor filme estrangeiro, Itália
-- prêmio César de melhor filme estrangeiro, França
-- prêmio Oscar de melhor filme em língua estrangeira
-- outros três prêmios internacionais.
O cineasta recebeu ainda os seguintes prêmios pelo conjunto da obra:
1 - Memorial Irving G. Thalberg, da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood, em 1971
2 - Leão de Ouro, Festival de Veneza, em 1971
3 - Nocciola d'Oro, Festival de Giffoni, Itália, em 1983
4 - Prêmio Luchino Visconti, David di Donatello, Itália, em 1986
5 - Prêmio da Academia Européia do Cinema, em 1988
6 - Prêmio do Sindicato dos Diretores da América, em 1990
7 - Palma das Palmas, Festival de Cannes, em 1997
8 - Prêmio do Júri Ecumênico, Festival de Cannes, em 1998.
(Crédito da foto: http://www.britannica.com/)

Particularidades: Ingmar era pai da diretora Eva Bergman, da atriz Anna Bergman, do ator Mats Bergman e da escritora Linn Ullman. O estilo de seus filmes inspirou o adjetivo "bergmanesque", em inglês. Ele faleceu em sua casa na ilha de Farö, Suécia.