Era uma vez em 30 de julho de 2007
MICHELANGELO ANTONIONI (94 anos, de causa não divulgada), cineasta italiano que desenvolveu um estilo personalíssimo; seus filmes tinham um ritmo próprio: planos estendidos ao máximo e falas reduzidas ao mínimo; inovador e anticomercial, ele ficava por vezes longos períodos sem filmar; início em 1942, escrevendo roteiros para Rosselini e De Santis, mas no ano seguinte passou à direção de documentários de curta-metragem, realizando onze deles antes de tentar a ficção com Crimes d'alma (Cronaca de um amore, 1950); não demorou para seus filmes conquistarem a crítica e os festivais: As amigas (Le amiche, 1955), Leão de Prata em Veneza; O grito (Il grido, 1957), prêmio da crítica em Locarno; A aventura (L'Avventura, 1960), prêmio do júri em Cannes; A noite (La notte, 1961), Urso de Ouro em Berlim; O eclipse (L'Eclisse, 1962), prêmio especial do júri em Cannes; O dilema de uma vida/O deserto vermelho (Il deserto rosso, 1964), Leão de Ouro em Veneza; Depois daquele beijo (Bow-up, 1966), Palma de Ouro em Cannes; dirigiu apenas 15 longas-metragens (14 de ficção) até 1982, retornando depois aos curtas-metragens; graças ao apoio e à co-direção de Wim Wenders, pôde realizar ainda Além das nuvens (Al di là delle nuvole, 1995), antigo projeto. Recebeu vários prêmios honorários, entre os quais um Leão de Ouro, em Veneza, e um Oscar.
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