Festival de Brasília premia 'Cleópatra' de Júlio Bressane
O 40º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terminou hoje e os vencedores do Troféu Candango, na categoria longa-mentragem, foram:
Quem já passou desta para melhor e os que resistem
O 40º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro terminou hoje e os vencedores do Troféu Candango, na categoria longa-mentragem, foram:
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FERNANDO FERNÁN GÓMEZ (86 anos, de câncer), ator, diretor e roteirista espanhol; como ator, trabalhou em mais de 190 filmes desde 1943; eis alguns dos mais importantes em que atuou: A Voz do Silêncio (La voce del silenzio, 1953), de G. W. Pabst, O Solteirão (Lo scapolo, 1955), de Antonio Pietrangeli, Ana e os Lobos (Ana y los lobos, 1973), de Carlos Saura, O Espírito da Colméia (El espíritu de la colmena, 1973), de Victor Erice, Mamãe Faz Cem Anos (Mamá cumple cien años, 1979), de C. Saura, Marcelino, Pão e Vinho (Marcellino, 1991), de Luigi Comencini, Sedução - Belle Époque (Belle epoque, 1992), de Fernando Trueba, e Tudo sobre Minha Mãe (Todo sobre mi madre, 1999), de Pedro Almodóvar. Ganhou dois prêmios de melhor ator no Festival de Berlim; em seu país, ganhou mais de dez prêmios de melhor ator, além de dois Goya de melhor diretor e dois de melhor roteirista; recebeu também vários prêmios honorários.
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O grande vencedor do 33º Festival de Cinema Ibero-Americano de Huelva, Espanha, foi o filme mexicano Luz Silenciosa (Idem, 2007), de Carlos Reygadas. O brasileiro O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias (2006), de Cao Hamburger, recebeu o prêmio especial do júri. O Banheiro do Papa (El baño del Papa, 2005), co-produção Uruguai/Brasil/França, de Enrique Fernández e César Charlone, ficou com o prêmio de roteiro original. O prêmio de melhor ator foi conquistado pelo brasileiro Leonardo Medeiros, por seu trabalho em Não Por Acaso (2007). O prêmio de curta-metragem foi para A Peste de Janice (2007), de Rafael Figueiredo, outro brasileiro.
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IRA LEVIN (78 anos, de ataque cardíaco), escritor norte americano; vários de seus romances e peças viraram filmes, a exempo de Amor, Prelúdio de Morte (A Kiss Before Dying, 1956), Este Sargento É de Morte (No Time for Sergeants, 1958), O Bebê de Rosemary (Rosemary's Baby, 1968), Os Meninos do Brasil (The Boys from Brazil, 1978), Armadilha Mortal (Deathtrap, 1982) e Invasão de Privacidade (Sliver, 1993).
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O ator galês Sir Anthony Hopkins vai representar o cineasta inglês Sir Alfred Hitchcock no cinema. O filme, ainda em fase de preparação, tratará do período em que o mestre do suspense filmava Psicose (Psycho, 1960), que foi o maior sucesso financeiro de sua carreira. Ao dar a notícia, Hopkins disse que será abordado um aspecto interessante da personalidade do diretor -- as dúvidas que ele tinha sobre o próprio talento. Segundo o ator, que se encontrou com Hitchcock uma única vez e brevemente, ele nunca se viu como bem-sucedido.
(Crédito da foto: http://www.facade.com/)
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DELBERT MANN (87 anos, de pneumonia), diretor norte-americano que trabalhou pouco para o cinema e muito para a TV, mas ganhou o Oscar, além da Palma de Ouro em Cannes, por seu primeiro filme, Marty (Idem, 1955); sua filmografia de 20 filmes inclui sucessos como Despedida de Solteiro (The Bachelor Party, 1957), Desejo (Desire Under the Elms, 1958), Vidas Separadas (Separate Tables, 1958), Sombras no Fim da Escada (The Dark at the Top of the Stairs, 1960), Volta Meu Amor (Lover Come Back, 1961), O Sexto Homem (The Outsider, 1961) e Coração Querido (Dear Heart, 1964). Foi laureado quatro vezes pela carreira, e ganhou uma estrela na Calçada da Fama por seu trabalho no cinema.
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A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas decidiu finalmente construir um museu para Hollywood. Segundo notícia recente, o grupo responsável pela premiação do Oscar encarregou os arquitetos franceses do Atelier Christian de Portzamparc, premiados por si mesmos, de projetar um complexo que ocupará dois quarteirões de Hollywood. Sid Ganis, o atual presidente da academia, declarou que o museu será "um monumento à arte do cinema". E anunciou que a academia planeja lançar uma campanha para levantar fundos da ordem de 400 milhões de dólares, para que a construção seja iniciada em 2009 e concluída em 2012.
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O duelo entre as titânicas Sony e Toshiba pela implantação dos respectivos sistemas de DVD de alta definição pode estar chegando ao fim. E a saída, surpreendentemente, poderá ser cavalheiresca. Howard Stringer, o manda-chuva da Sony nos Estados Unidos, tem feito declarações que sugerem a possibilidade de os dois formatos virem a ser unificados. Na última quarta-feira, 7, ele admitiu que a batalha entre as duas empresas tornou-se "principalmente uma questão de prestígio". Noutra ocasião, ele havia censurado a decisão da Paramount/DreamWorks de firmar contrato de exclusividade (em troca de US$ 150 mi) para o lançamento de seus filmes no formato HD DVD, da Toshiba. E disse, meio que jogando a toalha: "Estávamos tentando ganhar pelo mérito, o que fizemos durante algum tempo, até que a Paramount passou para o outro lado". Se acontecer a unificação do Blu-ray DVD com o HD DVD, quem mais sairá ganhando seremos nós compradores de filmes.
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NORMAN MAILER (84 anos, de insuficiência renal), escritor norte-americano que também se envolveu com o cinema, fazendo de tudo um pouco: roteiro, direção, produção, montagem e atuação; alguns de seus romances viraram filmes, como A Morte Tem Seu Preço (The Naked and the Dead, 1958), baseado em Os Nus e os Mortos, e A Marca do Passado (Tough Guys Don't Dance, 1987), baseado em Machões Não Dançam; este último, que ele mesmo roteirizou e dirigiu, valeu-lhe o prêmio Framboesa de Ouro de pior diretor do ano; fez uma "cameo appearance" no filme Na Época do Ragtime (Ragtime, 1981).
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O que pode dar o casamento de uma mulher coquete com um cientista indiferente? Este é o ponto de partida para o filme O Despertar de uma Paixão (The Painted Veil, 2006), a mais recente adaptação para o cinema do romance O Véu Pintado, de Somerset Maugham. As versões anteriores foram O Véu Pintado (1934), com Greta Garbo, e O Sétimo Pecado (1957).
A mulher é Kitty, moça burguesa de Londres cuja família julga que ela já passa da idade de se casar. O cientista é Walter Fane, médico bacteriologista, chefe do laboratório do governo britânico em Xangai. Cortejada por Walter, Kitty não acolhe nem rechaça suas investidas, até que ele a pede em casamento. Sua mãe, que não vê a hora de se livrar dela, faz pressão para que se case. Nas circunstâncias, não lhe resta alternativa, mesmo crendo que casamento sem amor seja coisa da pré-história.
Em Xangai, Walter se revela um homem desatento aos interesses da mulher e avesso ao diálogo. Dessa situação, o que poderá sobrevir é o pior possível. E o pior acontece, quando Kitty conhece um labioso funcionário do consulado britânico. Ao saber-se traído, o marido toma uma decisão quase suicida. Uma epidemia de cólera propaga-se em povoado do interior da China, e o médico do hospital local morre. Walter se oferece então como voluntário para dirigir o hospital e força Kitty a acompanhá-lo.
O povoado se situa num bonito vale rodeado de montanhas com picos altos. Mas em 1925 a China era um país dividido entre velhos líderes, chamados senhores da guerra, e novos líderes nacionalistas, parte dos quais sensível aos ventos que sopravam de Moscou. As idéias nacionalistas ganham cada vez mais adeptos entre os jovens, tornando o ambiente inóspito para os ingleses. Não se sabe o que é pior, se a cólera ou os nacionalistas chineses.
O ambiente adverso acaba fazendo aflorar no casal o melhor de cada um. Kitty dá um passo importante quando resolve ajudar as freiras francesas no orfanato e no hospital. A experiência lhe possibilita conhecer e valorizar o trabalho do marido. E este, que antes só olhava para as paredes, o chão, os sapatos, começa a prestar atenção nela. O diálogo se torna possível para os dois. Ela toma gosto por trabalhos manuais, e seu cata-vento de brinquedo serve de inspiração para ele regularizar o fornecimento de água ao povoado.
Kitty acha graça quando ouve a chinesa dizer que ama o inglês Waddington (Toby Jones), fiscal da alfândega, porque ele é um homem bom. Na opinião dela, Kitty, uma mulher não ama um homem por suas virtudes. Ela ainda não sabe, mas está amando Walter, e também pelas virtudes deste. E esse sentimento será seu amparo no enfrentamento das provações que virão.
Quando a borrasca passar, ela já não será a moça coquete de outrora. No começo da história, Kitty considerava uma tolice cultivar flores, um desperdício de esforço por algo que vai morrer. Quando, no final, ela se mostra capaz de apreciar a beleza efêmera das flores, fica patente que sua transformação foi completa.
O roteiro do filme é sólido. As personagens são bem construídas e habilmente desenvolvidas. As situações e os diálogos conduzem o drama sem desvios nem excessos. Como Walter, Edward Norton está irrepreensível. Ele se porta com a discrição desejável, uma vez que o filme é sobre Kitty. E Naomi Watts, no papel de Kitty, está simplesmente adorável.
A trilha musical contribui fortemente para o tom sutil do filme. O compositor Alexandre Desplat foi muito feliz ao escolher uma composição de Erik Satie, um mestre da contenção, para ser o tema do casal. Gnossienne nº 1 é ouvida em vários momentos, além de ser interpretada ao piano, em duas ocasiões, por Kitty ─ dublada, é claro, pelo pianista chinês Lang Lang.
O diretor John Curran consegue manter a narrativa sob absoluto controle, sem tomar partido moral nem político. É uma proeza e tanto. Cada cena vale pelo que contém de “verdade”. A fotografia contenta-se em “documentar” o essencial das personagens, do ambiente, da paisagem. Numa aproximação com o trabalho do cientista, a câmera se comporta como que equipada com as lentes de um microscópio.
(Crédito da foto: http://www.reelingreviews.com/)
(Texto publicado pelo semanário Jornal Opção, de Goiânia, edição de 28 de outubro a 3 de novembro de 2007. Acesse: http://www.jornalopcao.com.br/)
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Martin Scorsese produz e dirige documentário sobre a vida de George Harrison, o ex-integrante dos Beatles falecido em 2001. A viúva de Harrison, Olivia, contou ao jornal Daily Variety que Paul McCartney e Ringo Starr concordaram em participar do projeto e que a gravadora Apple vai permitir o uso da música dos Beatles na trilha do filme.
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Foi divulgada ontem a lista dos premiados da 31ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo. A seguir, os principais prêmios conquistados por filmes de longa-metragem, na escolha do júri e do público.
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