DUSAN MAKAVEJEV (1932-2019), Diretor
Formado em psicologia pela Universidade de Belgrado, Dusan Makavejev se tornou o mais importante cineasta da então Iugos-lávia, na época do regime comunista. A partir dos anos 1950, ele fez 18 curtas-metragens, antes de começar a realizar filmes de longa-metragem, que se resumem a uma dezena de títulos. No final dos anos 1960, graças a uma bolsa da Fundação Ford, ele foi fazer uma pesquisa nos EUA sobre a obra do psicanalista ucrani-ano Wilhelm Reich (1897-1957) e de seus discípulos americanos.
Seus três primeiros longas-metragens angariaram a simpatia da crítica. Aí, ele realizou "Wilhelm Reich - Os Mistérios do Orga-nismo" (W. R. - Misterije organizma, Iugoslávia/Alemanha Oci-dental, 1971), com base nas suas pesquisas nos EUA. O filme violava tabus políticos e sexuais da Iugoslávia comunista e, por isso, foi banido pela censura e Makavejev, considerado persona non grata. Daí em diante, ele viveu no exílio e fez filmes em vários países, só voltando a filmar em seu país após o fim da União Soviética.
Entre seus oito filmes conhecidos no Brasil estão também "O Homem Não É um Pássaro" (Covek nije tica, Iugoslávia, 1965), seu primeiro longa-metragem, "Um Filme Doce" (Sweet Movie, França/Canadá/Alemanha Ocidental, 1974), "Montenegro" (Idem, Suécia/Reino Unido, 1981), que foi eleito, pelo público, o melhor filme na Mostra Internacional de São Paulo, "Coca-Cola Kid" (The Coca-Cola Kid, Austrália, 1985), "Manifesto por uma Noite de Amor" (Manifesto, EUA, 1988) e, de volta ao seu país e antes da independência da Sérvia, "O Gorila se Banha ao Meio-Dia" (Gorilla Bathes at Noon, República Federal da Iugoslávia/Ale-manha, 1993).
Dusan Makavejev nasceu em 13 de outubro de 1932, em Belgrado, então capital da Iugoslávia. Exerceu a crítica cinematográfica en-quanto realizava curtas-metragens. Deixou viúva Bojana Marijan, sua assiste de direção (entre outras funções) em vários de seus filmes.
(Foto: Google Imagens.)
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