JEAN-LUC GODARD (1930-2022), Diretor
O cineasta franco-suíço Jean-Luc Godard, um dos criadores e expoentes da nouvelle vague, morreu no dia 13 de setembro, em Rolle, Suíça, de suicídio assistido. Tinha 91 anos.
Godard fundou em 1950, juntamente com dois outros futuros cineastas franceses, Éric Rohmer e Jacques Rivette, a revista "Gazette du cinéma" e, em janeiro de 1952, passou a escrever na prestigiosa revista "Cahiers du cinéma".
Depois de fazer experiências cinematográficas com curtas-metragens, tendo realizado quatro entre 1955 e 1959, estreou no longa-metragem com "Acossado" (À bout de souffle, 1960), desrespeitando as regras do cinema clássico e se inspirando principalmente em produções B do filme noir de Hollywood. "Acossado" ganhou o prêmio de melhor filme no Festival de Berlim e se tornou um dos marcos da nouvelle vague.
Infelizmente, seus filmes envelheceram mal. Muito mal. Ele próprio envelheceu mal, e os filmes que realizou da década de 1970 em diante não têm qualquer relevância, exceto para os fãs empedernidos que angariou mundo afora.
Além de "Acossado", a meu ver, poucos títulos de sua filmografia merecem uma vista d'olhos. Exemplos: "Viver a Vida" (Vivre sa vie: Film en douze tableaux, 1962), que recebeu o Prêmio Especial do Júri no Festival de Veneza, "Desprezo" (Le mépris, 1963) - que é o meu preferido, pelas presenças no elenco do diretor alemão Fritz Lang e da atriz francesa Brigitte Bardot -, e "Alphaville" (Alphaville, une étrange aventure de Lemmy Caution, 1965).
Jean-Luc Godard nasceu em 3 de dezembro de 1930, em Paris, França, de pais suíços, e passou a infância na Suíça. Deixou viúva a diretora Anne-Marie Miéville, mulher do seu terceiro casamento. Não tinha filhos.
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